2025/07/12

Banco Mundial e FMI abandonam Iraque

O Banco Mundial (BM) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) ordenaram às suas equipas que abandonassem o Iraque como medida de segurança, após o atentado contra o quartel-general das Nações Unidas (ONU) em Bagdad, que provocou a morte a 24 pessoas.

A retirada das equipas do BM e do FMI, anunciada esta quinta-feira, trata-se apenas de uma medida de segurança e não de uma retirada permanente, uma vez que a situação que se vive actualmente no Iraque é perigosa.
Depois do atentado contra o quartel-general da ONU, doze dos 15 funcionários do BM preparavam-se, esta quarta-feira, para abandonar solo iraquiano em direcção a Amã, na Jordânia, dois estão hospitalizados no Kuwait e um outro é dado como desaparecido. Quatro funcionários do FMI também partiram para a capital jordana e dois estão hospitalizados em Bagdad.

Alberto João Jardim quer entendimento entre delfins

O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, quer que os possíveis candidatos à sua sucessão se reúnam e indiquem quem deverá ser o seu sucessor.

“Se os delfins chegassem a um acordo, se se sentassem à mesa e indicassem o que queriam, o assunto ficava resolvido”, afirmou Alberto João Jardim, citado pelos três matutinos regionais, que fazem a cobertura diária das suas férias na ilha de Porto Santo. Para ele, que assume a presidência do Governo regional desde 1978, a escolha “teria de ser sempre aceite pelas bases”.
A decisão de se recandidatar, ou não, a mais um mandato à frente do Governo regional será tomada até ao final de 2003, mas João Jardim já admitiu que teme pela divisão do partido “para mim, o problema é, uma vez que o partido decida, ou mesmo na fase de preparação para a campanha eleitoral, as pessoas criem atritos pessoais entre elas que comprometam a unidade do partido”, afirmou acrescentando que receia “que possam criar cisões que se prolonguem no tempo mesmo depois de eleito o novo líder”.
Os possíveis candidatos à sucessão de Alberto João Jardim são o vice-presidente do Governo regional, João Cunha e Silva, o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Albuquerque, os vice-presidentes da Assembleia Legislativa Regional, Miguel Sousa e Paulo Fontes.

Candidatos a eleições têm a vida mais dificultada

Para todos aqueles que ambicionam ser candidatos às eleições autárquicas, legislativas ou, até quem sabe, presidenciais têm agora a vida mais dificultada.

O número de dias que pode faltar ao trabalho por causa de uma candidatura política foi reduzido.Quanto ao salário, a entidade patronal tem o direito de pagar, durante esses dias, apenas uma terça parte daquilo que pagaria em período de trabalho normal.
Estas regras, que estão previstas no novo Código de Trabalho (CT), vieram alterar as regras em vigor desde o 25 de Abril, às quais bastava uma pessoa provar que fazia parte de uma lista de candidatos a um órgão político para que tivesse automaticamente direito a faltar durante um mês ao trabalho, recebendo a remuneração normal. O artigo 220º do novo CT estabelece que só as faltas “dadas por candidatos a eleições para cargos públicos, durante o período legal da respectiva campanha eleitoral”, são justificadas. Por outro lado, este código prevê que o trabalhador receba “uma retribuição relativa a um terço do período de duração da campanha eleitoral, só podendo o trabalhador faltar meios dias ou dias completos com aviso prévio de 48 horas”.
Se o Partido Comunista, o Bloco de Esquerda e o partido Os Verdes se mostraram contra as alterações à lei, por sua vez, o Partido Socialista concordou com o princípio de limitar o número de faltas, mas não com a diminuição do salário.
O dirigente do PCP, Jorge Cordeiro, faz um alerta para “as restrições que o CT pretende impor aos trabalhadores no exercício de direitos que a legislação eleitoral justamente consagra aos candidatos a actos eleitorais, na lógica da redução de direitos e de capitulação perante as exigências do grande patronato, traduz não só uma séria limitação ao exercício de direitos cívicos e políticos como contribuirá para o crescente afastamento da participação cívica”.
Para o PSD, o regime antecessor era exagerado e estava desajustado da realidade, uma vez que a campanha hoje em dia é de duas semanas. “A lei que existia prejudicava a actividade laboral”, devido à ausência de vários trabalhadores em simultâneo, afirma o deputado laranja, Patinha Antão.

Calor em França provoca milhares de mortos

De acordo com uma estimativa da Agência Funerária Geral (PFG), o calor que se fez sentir em França poderá ter morto, por causas directas e indirectas, mais de 10 mil pessoas no país.

O calor já fez com que o director-geral de Saúde de França, Lucien Abenhaim, tivesse apresentado, na segunda-feira, a demissão ao ministro da tutela, Jean-François Mattei, “devido às actuais polémicas pelo número de mortes associado à onda de calor”.
Já na altura, Mattei considerava como “plausível” o número de 5 mil mortos devido à onda de calor e questionou os sistemas de alerta e de informação transmitidos à população. O ministro evocou ondas de calor anteriores, indicando que se registaram 3 mil mortos em 1976 e 3.244 em 1983, mas afirmou que estes números só foram conhecidos muito tempo depois.
Nos últimos 15 dias, a França registou uma onda de calor quase sem precedentes, com temperaturas atingindo ou ultrapassando os 40ºC.

Ex-vice-presidente de Saddam Hussein capturado em Mossul

As forças norte-americanos no Iraque e os líderes curdos anunciaram esta terça-feira a captura do ex-vice-presidente de Saddam Hussein, Taha Yassin Ramadan, em Mossul.

O ex-braço direito de Saddam Hussein foi capturado pelas forças norte-americanas em Mossul, cidade onde se refugiara. De acordo com Adel Murad, da União Patriótica do Curdistão, “ele foi detido devido à cooperação entre os partidos políticos e os habitantes”.
Taha Yassin Ramadan, o dez de ouros no baralho de cartas dos 55 iraquianos mais procurados pelas forças norte-americanas e britânicas, é acusado por várias organizações internacionais de ter cometido crimes contra a humanidade pelo seu papel na repressão da revolta curda no norte do Iraque, nos anos 80, e na revolta xiita no sul do país, a seguir à Guerra do Golfo, em 1991.
O Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, já se congratulou com a captura de Ramadan “Estou extremamente satisfeito por termos capturado o vice-presidente. Com calma, mas com toda a certeza, vamos encontrar quem precisamos de encontrar”, afirmou Bush referindo-se a Saddam.