De acordo com uma estimativa da Agência Funerária Geral (PFG), o calor que se fez sentir em França poderá ter morto, por causas directas e indirectas, mais de 10 mil pessoas no país.
O calor já fez com que o director-geral de Saúde de França, Lucien Abenhaim, tivesse apresentado, na segunda-feira, a demissão ao ministro da tutela, Jean-François Mattei, “devido às actuais polémicas pelo número de mortes associado à onda de calor”.
Já na altura, Mattei considerava como “plausível” o número de 5 mil mortos devido à onda de calor e questionou os sistemas de alerta e de informação transmitidos à população. O ministro evocou ondas de calor anteriores, indicando que se registaram 3 mil mortos em 1976 e 3.244 em 1983, mas afirmou que estes números só foram conhecidos muito tempo depois.
Nos últimos 15 dias, a França registou uma onda de calor quase sem precedentes, com temperaturas atingindo ou ultrapassando os 40ºC.