2025/09/14

Comissão admite fraude “significativa” no escândalo do Eurostat

Reúne-se a partir de amanhã o Conselho Europeu de Salónica que assinalará o fim da presidência grega da União Europeia e a apresentação formal, aos Quinze, da proposta de Constituição Europeia elaborada pela Convenção para o futuro da Europa. Não sendo um documento consensual, esperam-se difíceis negociações a partir de Outono, aquando do início da Conferência Intergovernamental. Para já, é a França quem se mostra mais receptiva ao esboço já conhecido, enquanto que o Luxemburgo parece ser um dos Estados europeus mais críticos ao documento.

A partir de amanhã os Estados-membro da União Europeia e os seus dez novos candidatos ficarão a conhecer formalmente a proposta da Constituição Europeia elaborada pela Convenção, ao longo de 16 meses de intensos trabalhos presididos pelo antigo chefe de Estado francês, Valery Giscard d’Estaing.

O Conselho Europeu de Salónica, que marcará o fim da presidência grega da União Europeia (UE), ficará assim para a História como a cimeira que viu o esboço final daquilo que poderá vir a ser o primeiro texto constitucional da União Europeia.

Apesar deste documento resultar do consenso de 105 membros da Convenção, representando diversos patamares das diferentes sociedades nacionais, a verdade é que o projecto de Constituição, que agora vê a luz do dia, não está a agradar a todos os países. Neste capítulo, o debate nos últimos meses teve tendência a bipolarizar-se entre os interesses dos “grandes” contra o dos “médios e pequenos” Estados da UE.

No entanto, sendo possível estabelecer de facto essa divisão, a mesma não pode ser interpretada de uma forma rígida e puramente linear, uma vez que Estados como a Inglaterra ou a Espanha (considerados dos “grandes) já demonstraram algumas reservas em relação à proposta a ser apresentada.

Também a Alemanha e a Polónia já manifestaram o seu descontentamento em relação a algumas medidas. Berlim não esconde a vontade de federalizar, ainda mais, o documento apresentado, exigindo mais decisões por maioria qualificada, para se evitar a paralisia do funcionamento das instituições devido aos vetos nacionais.

Uma ideia que não é do agrado da Inglaterra, que continua a defender o sistema de unanimidade em questões tão vitais como a política externa ou assuntos fiscais.

Ana Palácio, ministra dos Negócios Estrangeiros espanhola, também não vê com bons olhos o novo sistema de votação no Conselho por maioria qualificada (representando 60 por cento da população comunitária), que permite o bloqueio de decisões naquele órgão, caso os três países mais populosos se aliem.

Mas, as vozes mais críticas vêm dos chamados “pequenos e médios” países, nos quais incluem-se Portugal (ver texto nestas páginas), destacando-se, no entanto, o Luxemburgo que, através do seu primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker, numa entrevista dada ao “Der Spiegel, se mostrou “profundamente desiludido” com o texto apresentado, frisando que este apresenta “deficiências consideráveis”.

No campo oposto situa-se a Itália que já fez saber que o projecto representa um “passo histórico”. Mas, é a França quem está mais optimista com o esboço da Constituição europeia. O primeiro-ministro francês, Jean-Pierre Raffarin, sublinhou a sua “profunda alegria”, afirmando que Paris irá “aprovar as conclusões da Convenção”.

Para o primeiro-ministro grego, Costa Simits, o documento apresentado foi “a solução possível”, ao mesmo tempo que Valery Giscard d’Estaing considera que foi encontrado o “ponto de equilíbrio”.
Desta cimeira não deverão resultar grandes conclusões, ficando para a História a apresentação formal do projecto da Constituição europeia, porém, serão discutidos assuntos relacionados com os balcâs, assim como a nova abordagem da segurança europeia.

Entretanto, como já vem sendo hábito nas grandes cimeiras mundiais, o aparato policial assume contornos avassaladores. Visando o impedimento de manifestações de milhares de manifestantes anti-globalização, as autoridades gregas lançaram uma série de medidas rígidas em redor da luxuosa estância balnear de Porto Carras, próximo da cidade de Salónica.

A acrescer a isto, as forças de segurança gregas montaram um cordão de segurança em toda a península de Chalkidiki, composto por 15 mil polícias, soldados e guardas costeiros, por forma a assegurar o bem estar dos 30 chefes de Estado e Governo que estarão reunidos na cimeira de Salónica.

Receando igualmente atentados terroristas, a polícia grega tomou medidas sem precedentes, colocando mísseis terra-ar no solo e mobilizando navios de guerra, juntamente com 4 mil homens do Exército, Marinha e Força Aérea. “Esta é a maior operação no país concebida para todas as forças de segurança”, disse o porta-voz da polícia grega, Lefteris Economou. “Temos que assegurar que o local da cimeira esteja perfeitamente segura para o seus participantes”, acrescentou.

Prodi terá tido conhecimento prévio do escândalo Eurostat

A Comissão Europeia admitiu na terça-feira que as acusações que recaiam sobre o Eurostat (empresa de sondagens da União Europeia) assumiam contornos muitos mais gravosos do aqueles que se julgava, fazendo deste caso o maior escândalo financeiro desde que a Comissão liderada por Jacques Santer foi obrigada a demitir-se em 1999.

Os “afastamentos” do director-geral do Eurostat, Yves Franchet, e de outro director, Daniel Byk, no passado dia 21 de Maio, “na defesa dos interesses da instituição e para a melhor defesa dos referidos”, deixavam antever que o escândalo estava para rebentar.

Agora, alegadamente alguns dos antigos directores do Eurostat terão estado envolvidos num mecanismo de “desvios de fundos comunitários de grande envergadura”. Mas, o escândalo não se fica por aqui, chegando mesmo à cúpula do poder da Comissão Europeia que, segundo o “Financial Times, o seu presidente, Romano Prodi, e pelo menos outros três comissários, entre os quais Neil Kinnock (comissário da administração) e Pedro Solbes (comissários assuntos monetários), sabiam mais do aquilo que tinham admitido até esta semana.

Franchet chegou mesmo a referir, numa entrevista televisiva, que manteve Prodi e Kinnock sempre informados da situação, e que abordou regularmente o problema com Michaele Schreyer, comissária do orçamento, outra visada no escândalo.

Após várias críticas dos membros do Parlamento Europeu, Schreyer admitiu, esta semana, que o seu departamento tinha recebido um relatório em Fevereiro de 2000, alertando para uma possível fraude na Eurostat. “Mas, para espanto dos parlamentares europeus, ela insistiu que o assunto não tinha cativado a sua atenção até Maio de 2003, ainda que vários funcionários tenham sublinhado uma importância suficiente para se iniciarem investigações por fraude”, lia-se ontem no “Financial Times”.

Com as investigações e inquéritos a decorrerem este escândalo está a provocar um desgaste na imagem de Romano Prodi, que prometeu sempre fazer da Comissão Europeia “uma administração de classe mundial” que tivesse “tolerância zero” para a fraude.

Beckham já está no Real Madrid

À chegada a Tóquia, onde fará uma curta digressão promocional, o internacional inglês David Beckham manifestou-se feliz com a sua transferência do Manchester United para o Real Madrid, por 25 milhões de euros.

O já ex-jogador do Manchester United também se manifestou contente por regressar ao Japão, onde participou no último Mundial de futebol. Durante os três dias que permanecerá no país do sol nascente, Beckham vai encaixar qualquer coisa como sete milhões de euros, graças a contratos publicitários.
Entretanto, o presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, comentou, a propósito da transferência, que o seu clube “não precisa de fazer grandes esforços” para contratar os melhores futebolistas do mundo, pois são estes que querem fazer parte dos merengues.
Florentino Pérez confessou que a transferência de Beckham foi apressada, porque o clube madrileno “não podia correr o risco de o negócio ser inflacionado” e minimizou eventuais problemas de convivência entre as “estrelas” do Real Madrid. O presidente do Real recusou pronunciar-se sobre o confronto com o novo presidente do Barcelona, Joan Laporta, que anunciou, durante a campanha, ter feito um acordo com o Manchester United para contratar David Beckham.

Bagão Félix aguarda parecer sobre Pacote Laboral

Esta quarta-feira o Tribunal Constitucional (TC) dá o seu parecer sobre as dúvidas do Código do Trabalho enviadas pelo Presidente da República. O ministro da Segurança Social e do Trabalho diz-se “sereno”.

De acordo com a edição desta quarta-feira do Jornal de Negócios, o TC prepara-se para declarar inconstitucional o ponto 2 do artigo 17º, que daria à entidade empregadora poder para exigir informações sobre o estado de saúde do trabalhador ou, no caso das mulheres, sobre o estado de gravidez.
Depois de anunciada a decisão do TC, Bagão Félix promete simplesmente decidir “em conformidade”. O ministro admite ainda que a entrada em vigor do documento pode passar de Novembro, mês em que estava previsto, para Dezembro. O responsável pela tutela do Trabalho lamenta a lentidão do processo de aprovação final do articulado, incluindo a passagem pelo Tribunal Constitucional. “Admitimos que, face a esta situação, possa deslizar um mês. O percurso foi longo e demorado, talvez mais do que as circunstâncias e as exigências do momento aconselhassem, mas podem estar certos que até ao final do ano o Código do Trabalho entrará finalmente em vigor”.
O líder parlamentar do PSD afirmou que o Executivo de maioria vai respeitar a decisão do TC e “corrigir o que precisa de ser corrigido. Naturalmente não vamos usar a força do voto para insistir numa solução que o TC considerou inconstitucional”.
No dia 15 de Julho, o Parlamento reunirá em sessão extraordinária para votar eventuais alterações aos artigos declarados inconstitucionais pelo plenário de juízes do TC.

Statuspor Francisco Moraes Sarmento

A utilização de e-mail pode trazer inúmeras vantagens para a motivação dos colaboradores e o bom ambiente geral da organização.

Uma forma simples de todos “vestirem” a camisola é a possibilidade de possuírem um endereço de correio electrónico que associa as duas identidades: a pessoal e a organizacional. Não custa e pode ser importante para o “status” individual.

Se tiverem orgulho na sua organização, os colaboradores divulgam o seu e-mail profissional pelas pessoas das suas relações. Não raro, essa difusão excede o estrito âmbito profissional. O e-mail é, também, uma vertente do “status” social.

Esta presença das marcas e das organizações, muito semelhante ao “passa a palavra”, é uma via útil para o posicionamento social da empresa. Uma organização amiga dos seus colaboradores, que reconhecem nela uma parte importante da sua vida, é uma óptima orientação para se perceber como actua no mercado. Afinal, os colaboradores são, também, clientes.

Para que o e-mail seja reconhecido como um aspecto da identidade individual, a sua definição deve ser cuidada. O nome integra a identidade pessoal e o e-mail faz parte da imagem individual. Se os colaboradores não se reconhecerem no endereço de correio electrónico que lhes é atribuído, evitam a sua difusão. Não raras vezes, a atribuição de nomes para o e-mail é entregue à responsabilidade do sector informático, cuja primeira acção é percorrer a lista telefónica interna para deduzir expressões que, muitas vezes, semelhantes às da programação.

O resultado é, muitas vezes, este: os colaboradores só aderem porque não têm alternativas. Este e-mail circunscreve-se a essa obrigação, não desempenhando qualquer outra função social, com prejuízo da organização que não retira todas as virtualidades do e-mail. A atitude mais correcta é perguntar aos visados por que nome preferem ser tratados, ou então, recorrer aos nomes profissionais.

Esta atitude promove o interesse e a participação num aspecto decisivo para a cultura da organização e para a própria vida dos colaboradores: a comunicação aumenta e todos passam a ser abrangidos pelo mesmo padrão.

Do ponto de vista das organizações, a forma de apresentação do e-mail também não deve ser descurada.

Regras para a construção do endereço de correio electrónico devem ser elaboradas de forma a ser intuitivas para os clientes. Desta forma, quando não tivermos presente o e-mail da pessoa que pretendemos contactar, basta sabermos a regra de construção para depressa chegarmos a conclusões. As organizações amigáveis facilitam o relacionamento com os clientes, transmitindo os seus padrões de comunicação.

“Os Verdes” apresentam conclusões da 9ª Convenção Nacional Ecológica

O partido “Os Verdes” reúnem, esta terça-feira, com o Partido Comunista Português (PCP) para apresentar as conclusões da 9ª Convenção Nacional Ecológica.

Na sequência de vários pedidos de audiência que “Os Verdes” solicitaram a diversas entidades, organizações e partidos, com o objectivo de apresentar as conclusões da 9ª Convenção Nacional Ecológica, uma delegação dos Verdes será recebida, esta terça-feira, pelo Secretário Geral do PCP, na Sede Nacional do Partido Comunista.