2025/07/26

Carvalhas não admite ingerências em assuntos internos do PCP

O PCP não admite qualquer tipo de influências externas à forma como se organiza internamente. Carlos Carvalhas garante se oporá a qualquer imposição legal que force o seu partido a abdicar do voto de braço no ar.

O secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, não admite qualquer tipo de ingerências externas na vida interna do seu partido. Em causa está a possibilidade de o voto secreto vir a ser imposto pela revisão da Lei dos Partidos, na qual PS, PSD e CDS-PP estarão em acordo no que toca a esta matéria.
Para Carvalhas, “não serão os partidos da direita, com quem o PS continua a fazer alianças, que vão determinar o modo como o PCP vai funcionar”. Falando na sessão de encerramento da Assembleia da Direcção da Organização Regional dos comunistas, em Braga, Carlos Carvalhas sublinhou que tudo irá fazer para salvaguardar a independência formal do seu partido, realçando que não permitirá que seja imposto pelos outros partidos com assento parlamentar “um modelo único que se aplique a todos os partidos”.

Revisão da Lei dos Partidos

Maria João e Mário Laginha em Coimbra

Maria João e Mário Laginha actuam esta segunda-feira no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra. O concerto servirá para apresentar o seu mais recente álbum, intitulado «Undercovers».

O disco «Undercovers», editado em 2002, apresenta ilustradas versões de Tom Waits, Björk, Caetano Veloso, Lennon e McCartney, Sting, Joni Mitchell, António Carlos Jobim, U2, Stevie Wonder, entre outros.

O espectáculo tem início previsto para as 22:00 e o preço dos bilhetes é de 20 euros.

VW Golf Variant Bi FUEL

Ecológico e funcional, o Golf Variant Bi FUEL é a proposta da Volkswagen para uma condução económica e eficiente. Utilizando a mais moderna tecnologia, esta proposta torna mais rentável a utilização no dia-a-dia, aumentando a autonomia sem prejuízo dos consumos.

O Golf Variant Bi FUEL conta com um motor polivalente, capaz de funcionar com recurso a dois tipos de combustível – gasolina ou gás natural – que partilham os mesmos sistemas gestão e alimentação.

Embora pouco divulgadas no mercado, as vantagens da utilização de dois tipos de combustível são várias.

Por exemplo, quando a quantidade de gás existente no depósito atinge níveis baixos, o motor comuta automaticamente para a alimentação a gasolina, o que resulta num incremento da autonomia até mais 680 km.

Naturalmente, o condutor não necessita de efectuar qualquer operação para a mudança de combustível, podendo-o fazer em qualquer momento recorrendo a um simples botão.

O sistema de dois combustíveis assenta num motor de 2,0 litros que, na “versão” a gasolina desenvolve uma potência máxima de 115 cv e um binário máximo de 172 Nm às 3200 rpm. Na opção de funcionamento a gás natural, este mesmo motor apresenta uma potência máxima de 102 cv e um binário máximo de 151 Nm às 3500 rpm.

Sampaísmo ganha mas guterristas dizem é cedo para substituir Durão

As vitórias das listas sampaístas concorrentes às Federações do PS demonstram uma de duas coisas: ou o aparelho de Guterres está no fim e o PS quer a renovação ferrista, ou, em alternativa, o aparelho guterrista considera que ainda não é tempo da oposição tomar o poder e derrotar Barroso.

O primeiro-ministro colocou-se a jeito, com a questão do Iraque, para que o Presidente da República lhe pudesse tirar a confiança, mandando abaixo o Governo e levando o País para eleições gerais.

Só que isso, apesar da esquerda deixar claro nas moções de censura esta semana que quer e está em condições de substituir o actual executivo, ainda é cedo. A esquerda está a fazer de conta, por agora. O seu verdadeiro líder é o Presidente da República.

O sampaísmo ganhou, aliás, esta semana, em toda a linha, as eleições nas distritais do PS, acabando de vez com o velho e desgastado poder do aparelho guterrista, comandado por Jorge Coelho.

A esquerda está a criar as suas estruturas, os seus acordos de princípio, os seus entendimentos com o trotsquismo mais alargado, leia-se Bloco de Esquerda e outros transformistas desempregados, para voltar depois ao poder. Mas só quer voltar depois da crise passar. E esse momento será exactamente aquele em que a esquerda espera ver o PSD mais desgastado.

Durão Barroso, fazendo justiça ao seu profissionalismo como diplomata pragmático e com um bom entendimento do que é o interesse nacional, colocou-se ao lado da América, reafirmou a vocação europeia de Portugal e apostou na lusofonia, como espaço de diferenciação.

Martins da Cruz deu a resposta cultural com o diálogo no Mediterrâneo. Mas se na esfera externa as coisas estão a correr bem, tanto mais que o neutralismo de Sampaio serve para efectivamente Portugal não se envolver na guerra, como a opinião pública sempre gosta, o certo é que é na ordem interna que a continuidade e a sobrevivência desta maioria serão decisivas.

É agora claro que se a culpa da crise é do PS, tem sido a pouca habilidade de Ferreira Leite que fez agravar a recessão. É agora claro que o aumento dos impostos apenas serviu para aumentar a fuga aos mesmos, em vez de contribuir para aumentar as receitas do Estado.

É claro agora que o governo do PSD aumentou as despesas da Administração Pública em vez das diminuir.

É claro que a política económica deste governo é contraditória, errada e que a corrupção é em regra aos olhos dos portugueses. É inacreditável a perseguição aos empresários que Bagão Félix está a fazer, seja com a solidariedade no pagamento dos salários (os empresários agora passam a responder com as empresas e os seus patrimónios pessoais pelos salários), seja agora com a “estúpida medida de criminalização do não pagamento das contribuições à Segurança Social”.

Bagão Félix tem demonstrado ser um verdadeiro comunista encapotado, e em vez de diminuir as contribuições porque hoje o seu peso é um desincentivo ao emprego, como, aliás, está a fazer Schroeder na Alemanha, faz como Pina Moura fez no Fisco, criminaliza as contribuições, coisa que jamais Ferro Rodrigues ousou fazer.

São erros ideológicos, que só podem conduzir o País a uma situação mais grave e que acabam por dar razão a Jorge Coelho e ao antigo aparelho socialista, que, ao contrário de Ferro Rodrigues, considera que ainda não chegou o tempo de derrubar Barroso, nem de moções de censura, pois a acção do executivo é suficiente para o afastar do poder dentro de dois anos.

Uma boa razão para justificar o aparente afastamento dos guterristas das estruturas regionais do PS, afirmando que “no momento em que for essencial tomar conta do partido, estas estruturas acabarão por ser substituídas por quem estiver no poder”.

O jogopor Francisco Moraes Sarmento

Nos dias que correm é, cada vez mais, evidente o poder proporcionado pela informação.

Este poder sempre condiciona o modo de vida das pessoas e das sociedades, de tal forma que quem não a domina ou a ela não tem acesso directo, depende de quem a gera e origina.

Por exemplo, governos que não sejam, eles próprios, fonte de informação, daquela que alimenta a comunicação social, ficam subjugados às entidades e pessoas que as divulgam. Não há mercado se não houver comunicação.

A “guerra da informação”, e os seus aspectos mais espectaculares e dramáticos, é um aspecto a que se atende cada vez mais. Outra circunstância estranha, acentuada hoje, é a confusão entre o conhecimento da informação propriamente dita e os seus meios utilizados para sua massificação e divulgação.

A antiga expressão “quarto poder” é um exemplo desta confusão, fazendo esquecer que os instrumentos, não são uma finalidade em si mesmo, nem sede de poder, mas uma imensa tuba dos diversos agentes que determinam o conhecimento da informação e que detêm, efectivamente, o governo social.

Os sons, as imagens, os comentários expõem a bondade do pensamento ao escândalo moral, fazem-nos abstrair do nosso lugar e, por fim, levados pelo espírito gregário, fazem-nos ignorar a individualidade que nos caracteriza e faz de cada um de nós, um ser vário e original.

A comunicação proporcionada pela Internet, principalmente, através do correio electrónico e de funcionalidades como os fóruns, as salas de conversa em tempo real, permite uma experiência individual desta nova relação com o mundo, na qual a posição social, o sexo, o vestuário ou o aspecto físico não importam.

As convenções sociais e a moralidade decaem, as palavras exprimem, então, a mais pura subjectividade, muitas vezes encoberta pelo anonimato. A determinante mais decisiva é de carácter ético. O espírito que assiste a cada um revela a síntese entre a verdade e a liberdade designada por educação.

Agora, o “ser genérico”, poderoso, totalitário e demagógico, oferece, a cada um de nós, a ilusão de omnipresença, uma espécie de simulacro do rei do mundo. Todos podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo. A participação nos acontecimentos, e no extremo, a intervenção em todo o real, sustentada pelas novas tecnologias, é uma farsa que a vida acaba por revelar.

Hoje, o “ser genérico” está em guerra, logo participamos, de algum modo, nesse conflito, ignorantes dos aspectos invioláveis da natureza. A banalidade e, em muitos casos, a grosseria mesmo dos que se arrogam porta-vozes do mundo intelectual dominam a linguagem e a comunicação.

E desatentos, ficamos susceptíveis a um jogo de manipulações que só não é humanamente determinado e certo, porque a sorte e o joker são invioláveis e as finalidades transcendentes às gerações dos homens.