2025/06/25

Partidos regressam ao trabalho

O título deste texto é deveras erróneo. Os partidos políticos, neste final de legislatura e num período eleitoral tão importante, com eleições legislativas agendadas para 27 de Setembro e as autárquicas a 11 de Outubro, não deixaram de estar activos – e muito.

As rentrées dos partidos políticos, este ano, assumem uma natureza um pouco diferente, e por uma razão óbvia: não houve, propriamente, nenhuma pausa na política nacional. Os dois actos eleitorais que se aproximam não o deixaram. Portanto, em vez de regressos vamos ter continuações, mais um palco onde os líderes vão defender programas e fazer críticas, com bandeiras, muitas palmas e câmaras de televisão.

O título deste texto é deveras erróneo. Os partidos políticos, neste final de legislatura e num período eleitoral tão importante, com eleições legislativas agendadas para 27 de Setembro e as autárquicas a 11 de Outubro, não deixaram de estar activos – e muito. Não obstante este pormenor, e como há sempre a necessidade de um regresso oficial, os vários aparelhos partidários já anunciaram as rentrées políticas.

CDS na Praça do Peixe

O CDS é o primeiro partido a marcar oficialmente o regresso de férias (embora Paulo Portas e a sua entourage tenham passado o mês de Agosto a percorrer o País), com o tradicional comício na Praça do Peixe. O CDS escolhe habitualmente Aveiro, o círculo eleitoral de Paulo Portas, para as iniciativas de abertura do ano político. Antes do comício na Praça do Peixe, à noite, haverá uma “reunião geral” com candidatos às eleições legislativas, autárquicos e com os presidentes das concelhias.
No entanto, a apresentação do programa eleitoral do partido ficou marcada para uma semana mais tarde, a 30 de Agosto, com o apoio às PME, a Segurança e a Justiça entre as prioridades dos democratas-cristãos.

PS arranca ano político na praia

No PS, a rentrée ficou a cargo da Juventude Socialista que, entre 27 e 30 de Agosto, organiza um acampamento para jovens na praia de Santa Cruz, que tem o seu ponto alto, sábado, com um discurso do secretário-geral do PS e primeiro-ministro, José Sócrates.
Com o programa eleitoral já apresentado em Julho, o PS marcou para 6 de Setembro outro momento importante: uma Convenção Nacional, que reunirá cerca de mil pessoas e que marcará o arranque da campanha eleitoral às legislativas, também com a presença de José Sócrates.
PSD opta mais uma vez por Castelo de Vide
O PSD volta a apostar na tradicional Universidade de Verão para principiar oficialmente o ano político. Há um ano, o discurso de encerramento de Manuela Ferreira Leite era muito esperado, visto que simbolizava o fim do longo período de silêncio a que a líder se tinha reservado. Os social-democratas, entre 24 e 30 de Agosto, em Castelo de Vide, vão juntar oradores como Marques Mendes, Pedro Santana Lopes ou Marcelo Rebelo de Sousa. Os trabalhos serão encerrados com o discurso da líder.
No entanto, este que costuma ser o momento da rentrée social-democrata tem este ano um concorrente: a apresentação do programa de Governo do PSD, a 27 de Setembro, que decorrerá fora da Universidade de Verão, ainda sem local definido.
Comunistas na Quinta da Atalaia
O PCP será o partido a fazer mais tarde a sua rentrée formal, com a 33.ª Festa do Avante! a decorrer a 4, 5 e 6 de Setembro na Quinta da Atalaia, no Seixal. A Grande Gala de Ópera, os portugueses Clã, Maria João e Mário Laginha e os espanhóis Ska P são algumas das principais atracções do programa cultural da edição deste ano da Festa do Avante, que terá na abertura e encerramento os discursos políticos do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, partido que apresentou o programa de Governo na semana passada.

Bloco em Almada
O Bloco de Esquerda escolheu o último fim-de-semana de Agosto para fazer a sua rentrée política, repetindo os moldes do ano passado com a iniciativa “Socialismo 2009 – Debates para a Alternativa”, entre 28 e 30 de Agosto, em Almada. O debate irá centrar-se na discussão das prioridades do programa de Governo do BE, apresentado em Julho, e encerrará com uma intervenção do líder Francisco Louçã.

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