2023/06/01

CDS/PP não exclui entendimentos pontuais com PS

Um acordo pós-eleitoral entre o CDS/PP e o PS está fora de questão, apurou o SEMANÁRIO. A única possibilidade de vir a existir um entendimento pós-eleitoral entre os dois partidos será pontualmente, nas áreas de defesa e política externa, nomeadamente em questões relacionadas com a NATO e só se se justificar para o País.

A polémica em torno do eventual entendimento pós-eleitoral com o PS em áreas como a defesa e a política externa continua a preocupar PSD, embora Santana Lopes e Morais Sarmento já tenham desvalorizaram a questão. Na apresentação da candidatura de António Pires de Lima, no Porto, Paulo Portas também não quis alimentar mais polémicas sobre o assunto. Portas recusou-se a fazer qualquer comentário sobre a carta enviada por Morais Sarmento ao vice-presidente do seu partido, António Pires de Lima, por causa de declarações públicas que atentariam contra o acordo pré-eleitoral estabelecido com os sociais-democratas. “O CDS não entra em polémicas, o eleitorado não nos perdoaria”, reagiu Portas ao ser confrontado pelos jornalistas sobre a polémica. No entanto, fontes próximas do CDS/PP revelaram ao SEMANÁRIO que o CDS/PP, não pretende qualquer tipo de acordo pós-eleitoral com o PS em áreas como a defesa e a política externa, disponibilizando-se apenas para apoiar, casos pontuais destas políticas, em pontos de vista comuns entre os dois partidos, nomeadamente em questões relacionadas com a NATO. Esta mesma fonte adiantou ainda que não há qualquer intenção em apoiar o programa do PS nestas matérias, a não ser em circunstâncias onde ambos os pontos de vista partidários, sejam benéficos para o País, revelou. Na sua apresentação, António Pires de Lima também, pós alguma agua na fervura ao revelar que se houver qualquer questão a clarificar entre os dois partidos, isso será feito de “forma privada”, num remoque ao facto de o conteúdo da carta ter saído no “Diário de Notícias” antes de lhe ter chegado às mãos. “Qualquer questão que deva ser esclarecida, clarificada, entre os dois partidos deve ser feita de forma privada. Oportunamente, se for caso disso, darei explicações, conversarei com ele [Morais Sarmento] sobre as questões que me põe na carta, afirmou. Também questionado sobre a carta, Santana Lopes reafirmou a sua confiança no acordo estabelecido com os populares e considerou que as declarações de Paulo Portas e Pires de Lima “são fruto da tensão da pré-campanha”.

CDS confiante em derrotar o PS no Porto

O líder do CDS/PP, Paulo Portas anunciou na cerimónia de apresentação que “vamos abrir a campanha no Porto, é uma homenagem ao Porto e é um grande desafio à capacidade de mobilização do partido no distrito”, alertou, desafiando os militantes e simpatizantes a “encherem o Palácio de Cristal”. Já Pires de Lima, o número um da lista pelo distrito, não moderou ambições. “É absolutamente fundamental que o CDS cresça no Porto e retire deputados ao PS”, defendeu, chegando mesmo a dizer que não há limites na próxima batalha eleitoral. “Temos hoje três deputados no distrito do Porto, quatro, considero que é o mínimo que me proponho, um quinto não seria mau. Mas, estando consciente do peso histórico do partido, não estabeleço limites ao crescimento do CDS no distrito, nem a nível nacional. Iremos tão longe quanto os portuenses e os portugueses entenderem ser útil”, disse Pires de Lima, que enunciou depois alguns dos compromissos eleitorais. Fazer da cidade do Porto “a verdadeira capital empresarial e logística do noroeste peninsular” é uma das principais apostas do candidato.

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