2025/07/03

Blair em Washington para preparar a guerra

Depois de uma semana agitada em termos diplomáticos, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, estará amanhã em Washington para reunir-se com o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, por modo a abordarem a questão do Iraque. Hoje, Blair encontrou-se com José Maria Aznar.

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, irá encontrar-se amanhã com o Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em Camp David, para abordarem a questão do Iraque, mais concretamente para consertarem posições sobre o conflito contra o regime de Saddam Hussein.

Depois de uma semana agitada em termos diplomáticos, Blair chega à capital norte-americana, após ter estado hoje em Madrid com o seu homólogo espanhol, José Maria Aznar.

Tanto Aznar como Blair foram signatários do documento de solidariedade para com os Estados Unidos – que contou ainda com as assinaturas do primeiro-ministro português, Durão Barroso, do italiano, Silvio Berlusconi, entre outros -, em que fica claro o alinhamento destes países com a Casa Branca, em caso de conflito.

Aliás, Berlusconi esteve ontem reunido com Bush num claro sinal de apoio por parte do chefe do Governo italiano a Washington.

O documento em questão foi redigido por oitos países europeus (Reino Unido, Espanha, Portugal, Dinamarca, Polónia, Hungria, República Checa e Itália) e, de acordo o correspondente da BBC na capital americana, Ian Pannel, tem a “substância” necessária para os Estados Unidos se sentirem impelidos a agir à revelia do Conselho de Segurança, tendo em conta as fortes divisões que ainda se verificam nesse organismo.

Blair em Madrid dá guerra como certa

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, esteve na quinta-feira reunido com o seu homólogo espanhol, José Maria Aznar, num encontro no qual a questão do Iraque esteve presente do princípio ao fim. O chefe do Governo inglês acredita que o desarmamento de Saddam tem que ser feito, nem que seja através da guerra.

O primeiro ministro britânico, Tony Blair, afirmou na, quinta feira, que o desarmamento do Iraque é inevitável e que as opções de que Saddam Hussein dispõe são sair a bem ou a mal. Estas declarações foram proferidas em Madrid, a caminho de Washington, onde irá manter conversações com George W. Bush.

“Se o processo de desarmamento não acontecer através dos inspectores da ONU, então terá que acontecer, com toda a autoridade e consentimento da ONU, através da força, pois esta é a única alternativa a uma acção de inspecção falhada”, disse Blair, depois da reunião com o primeiro ministro espanhol, José Maria Aznar.

As inspecções começaram há cerca de dois meses mas os peritos da ONU não conseguiram, ainda, encontrar provas concretas da existência de armas proibidas pelas resolução aprovadas pelas Nações Unidas após a Guerra do golfo, em 1991. Blair disse, ainda, que não acredita que algum dos membros permanentes do Conselho de Segurança — numa alusão clara à França, à Rússia e à China — faça o que chamou de “uso pouco razoável do seu poder de veto”.

Novo portal dá aos cidadãos maior relevo nas politicas da UE

A Comissão Europeia criou um novo portal na Web para que a opinião dos cidadãos seja mais facilmente ouvida no âmbito da elaboração das políticas europeias.

O novo portal “A Sua Voz na Europa” substitui a anterior versão do sítio com um balcão único em todas as onze línguas da UE, e permite aos cidadãos, às empresas e a todos os restantes interessados dizerem à Comissão o que pensam acerca das novas iniciativas políticas.

Os resultados das consultas serão facultados no portal logo que estas estejam concluídas, de forma a que, além de dar as suas opiniões, os utilizadores do portal possam também ficar a conhecer as dos restantes intervenientes e possam posteriormente verificar, aquando da publicação de novas propostas políticas, se a Comissão tomou ou não em consideração as suas opiniões.

Esta iniciativa contribuirá para uma maior transparência e responsabilização do processo de elaboração das políticas da UE. O desenvolvimento de um balcão único para as consultas públicas é parte integrante da implementação dos “Princípios gerais e regras mínimas de consulta das partes interessadas pela Comissão” (IP/02/1865) recentemente adoptados pela Comissão.

Qualidade do ar, mutação climática e protecção da camada de ozono

A Comissão Europeia decidiu agir judicialmente com vista a assegurar o melhoramento da qualidade do ar na Europa, abordar os problemas relacionados com a mutação climática e proteger a camada de ozono, ao lançar processos de infracção contra a Grécia, a Irlanda, a Áustria, a Bélgica, a Finlândia e a Alemanha.

A Comissão lamenta que estes Estados membros não tenham dado execução correcta a certos actos legislativos da UE que regem a questão das emissões atmosféricas.

A Grécia será acusada perante o Tribunal de Justiça por não ter aplicado correctamente, numa central situada em Linoperamata, em Creta, a legislação da UE que visa lutar contra a poluição atmosférica proveniente das instalações industriais.

A Irlanda será acusada de não ter fornecido os dados exigidos no que diz respeito à fiscalização das emissões de bióxido de carbono por veículos automóveis.

A Áustria será acusada de não ter alinhado a sua legislação nacional em matéria de grandes instalações de combustão pelas disposições da directiva relativa a este assunto.

A Irlanda e a Alemanha vão igualmente receber pareceres fundamentados (últimas advertências por escrito) por terem ignorado as disposições em matéria de comunicação de informações sobre a utilização das substâncias que contribuem para o empobrecimento da camada de ozono, que é obrigatória nos termos do regulamento relativo ao ozono.

A Grécia, a Bélgica e a Finlândia irão receber pareceres fundamentados por não terem comunicado medidas de transposição integral das alterações da directiva sobre os motores de combustão interna destinados aos equipamentos móveis não rodoviários (na Finlândia, só está em causa a província de Åland).

O parecer fundamentado constitui a segunda etapa dos processos de infracção por força do artigo 226º do Tratado CE. Na ausência de resposta satisfatória no prazo de dois meses, a Comissão pode decidir intentar uma acção perante o Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias.

Salmão menos colorido, mas sem perigo para os olhos

A cantaxantina (E 161g) é um pigmento utilizado enquanto corante alimentar, nomeadamente para dar uma coloração avermelhada ao salmão, à gema de ovo e a vários produtos à base de carne de aves.

Tendo em conta os trabalhos científicos que estabelecem uma ligação entre perturbações da visão e a absorção de grandes quantidades de cantaxantina, a Comissão adoptou hoje uma directiva que visa reduzir a concentração de cantaxantina autorizada nos alimentos para animais.

Esta directiva tinha sido recentemente aprovada pelos representantes dos Estados membros no âmbito do Comité Permanente da Cadeia Alimentar e da Sanidade Animal.