2025/06/26

Hepatite C pode ser transmitida por tatuagens e piercings

Apesar do risco ser reduzido, quando se faz uma tatuagem ou um piercing existe a possibilidade de transmissão do vírus da hepatite C se não houver cuidado na esterilização do material usado. Os jovens, como adeptos destas modas, devem estar a par dos riscos de contágio. Hoje em dia, a probabilidade de cura, devido aos progressos científicos, é superior a 50 por cento.

Esta doença transmite-se através do sangue e derivados do sangue. Os especialistas alerta para o esclarecimento, principalmente dos jovens, em relação à realização de tatuagens e piercings, visto que existe risco de transmissão da doença através destas práticas, se os materiais utilizados não forem devidamente esterilizados.

Segundo o chefe de serviço de Gastrenterologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra Armando de Carvalho, a esterilização é uma prática médica que exige rigor e controlo de qualidade, no caso do material usado nas tatuagens e piercings não se sabe quem garante a qualidade dos mesmos. “Qualquer tipo de actividade que implicasse a possibilidade de transmissão de doenças deveria ser vistoriada por autoridades de saúde e os profissionais deveriam ter formação”, refere Armando Carvalho.

A hepatite C é uma doença assintomática, pelo que grande parte dos doentes não sabe que está infectado. A doença não provoca quaisquer sintomas e como o doente não sabe que está infectado não toma as medidas de precaução para evitar o contágio. Quando a doença atinge um estado mais avançado pode originar estados graves e por vezes irreversíveis como a cirrose hepática ou cancro. Actualmente existe mais pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C do que pelo vírus da sida.

Em Portugal estima-se que o número de doentes com hepatite C seja cerca de 15 por cento da população, no entanto a maioria não está diagnosticada nem em tratamento. “Apesar dos hospitais portugueses já terem visto uns bons milhares de indivíduos com hepatite C ao longo da última década, este é um número francamente inferior à realidade do país”, refere o especialista.

CNA protesta contra multas à produção de leite

A Confederação Nacional de Agricultura (CNA) refere que é necessário resolver problemas como as penalizações aos produtores de leite por excesso da Quota Leiteira. No último ano Portugal ultrapassou o limite em cerca 30 mil toneladas. Devido a Imposição Suplementar atribuída aos produtores, a CNA resolveu apresentar o seu protesto e exigir resoluções para campanhas futuras por parte do Governo.

Portugal ultrapassou em cerca de 30 mil toneladas a sua Quota Leiteira, no ano de 2002/2003, como tal foi atribuída aos produtores uma Imposição Suplementar no valor de 11 milhões de euros. A CNA refere que é injusto que, num sector onde desapareceram dezenas de milhar de explorações familiares, os poucos resistentes, que não ultrapassam os 20 mil quando já atingiram os 100 mil, sejam vitimas de más políticas e de más negociações.

A CNA apresentou as suas exigências para evitar que de futuro não surjam problemas como na campanha de 2002/2003. A CNA exige que o Governo encontre formas de os produtores não serem penalizados, caso não seja possível, as soluções poderiam passar, por exemplo, por deduzir o valor das Imposições Suplementares no IRS.

Em relação à Campanha 2003/2004 e seguintes, a CNA refere que um forte investimento no sector e uma melhoria genética dos efectivos leiteiros, provam que a produção e os produtores respondem quando incentivados. Segundo a CNA, é imprescindível assegurar o futuro dos produtores.

A CNA aponta algumas solução e caminhos possíveis para resolver a situação no sector, tais como, conseguir da União Europeia um aumento da Quota Nacional, resolver a manutenção das 73 mil toneladas para a Região Autónoma dos Açores e conseguir alguma margem de crescimento para a região, assim como, exigir uma correcção da taxa de gordura de referência para Portugal.

A CNA exige, também, que o Governo recuse a proposta de Reforma da Política Agrícola Comum (PAC) no sector do leite e produtos lácteos, porque, com a baixa de 28 por cento nos preços de produção, os produtores teriam uma perda bastante significativa.

Tratar hipertensão pode diminuir o risco de AVC

O losartan, um novo medicamento utilizado no tratamento da hipertensão arterial, pode reduzir até 25 por cento o risco de acidente vascular cerebral (AVC), segundo os resultados de um estudo. Especialistas defendem que mais importante do que tratar a hipertensão é a forma como se faz esse tratamento. Um avanço científico essencial quando o AVC continua a ser a primeira causa de morte em Portugal.

Segundo um especialista, o AVC é uma doença comum geralmente associada à hipertensão, uma vez que a pressão arterial elevada é o principal factor de risco. Para prevenir a incidência do AVC é necessária uma mudança do estilo de vida, nomeadamente cuidados com a alimentação, eliminar o tabaco e praticar exercício físico, um controlo eficaz da pressão arterial, dos lípidos e do metabolismo.

O estudo, que envolveu mais de nove mil doentes de ambos os sexos e diferentes nacionalidades, proporcionou a comparação entre dois medicamentos habitualmente utilizados para tratar a hipertensão. O beta-bloqueante, um medicamento clássico, e o losartan, um medicamento recentemente investigado.

Os resultados mostraram a superioridade do novo fármaco na redução da pressão arterial, assim como na diminuição do risco cardiovascular e mortalidade dos doentes hipertensos. O estudo possibilitou a redução de 13 por cento na mortalidade e uma redução de 25 por cento do risco do AVC.

Para Lacerda Nobre, especialista em medicina interna do Hospital Santa Marta, em Lisboa, os resultados são importantes para a estratégia contra o AVC uma vez que mostraram uma redução da sua incidência nos doentes hipertensos e um benefício acrescido no controlo da pressão arterial.

Seminários sobre a constitucionalidade do Código de Trabalho

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) vai organizar dois seminários sobre a constitucionalidade do Código de Trabalho, dia 15 de Abril no Porto e dia 16 de Abril em Lisboa. Os seminários têm o objectivo de contribuir para a reflexão e debate sobre este tema.

O primeiro seminário vai realizar-se no Auditório do Jornal de Notícias, no Porto, dia 15 pelas 14h30. O debate vai ser moderado por Mário Brochado Coelho e conta com as intervenções de Dantas Ferreira e dos professores Francisco Liberal Fernandes, João Leal Amado, Jorge Leite, Júlio Gomes e Pedro Bacelar de Vasconcelos.

O segundo seminário vai realizar-se no Hotel Altis, em Lisboa, no dia 16 pelas 14h30. A moderação do debate está a cargo de Victor Ramalho e tem como oradores principais Fausto Leite e os professores António Garcia Pereira, António Monteiro Fernandes, João Reis e José João Abrantes.

“Arquitectura em Movimento” no Museu de Engenharia Civil do IST

A exposição “Arquitectura em Movimento—Cidades em Movimento”, que vai ter lugar no Museu de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico, em Lisboa, de 10 de Abril a 12 de Maio, conta com projectos internacionais de 75 cidades.

A mostra é composta por 115 painéis de 75 projectos para outras tantas cidades europeias e mundiais, com solução de arquitectura para resolver problemas de acessibilidades e de sustentabilidade das grandes urbes modernas.
Lisboa acolhe a exposição que já esteve patente em Paris e segue para Bruxelas após a exibição na capital portuguesa.
A inauguração vai contar com as presenças da presidente do Instituto das Cidades em Movimento Mireille Apel-Muller, do presidente do Instituto Franco-Portugais Marc Pottier e do presidente do Departamento de Arquitectura do IST José Viegas.