2025/05/25

Hepatite C pode ser transmitida por tatuagens e piercings

Apesar do risco ser reduzido, quando se faz uma tatuagem ou um piercing existe a possibilidade de transmissão do vírus da hepatite C se não houver cuidado na esterilização do material usado. Os jovens, como adeptos destas modas, devem estar a par dos riscos de contágio. Hoje em dia, a probabilidade de cura, devido aos progressos científicos, é superior a 50 por cento.

Esta doença transmite-se através do sangue e derivados do sangue. Os especialistas alerta para o esclarecimento, principalmente dos jovens, em relação à realização de tatuagens e piercings, visto que existe risco de transmissão da doença através destas práticas, se os materiais utilizados não forem devidamente esterilizados.

Segundo o chefe de serviço de Gastrenterologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra Armando de Carvalho, a esterilização é uma prática médica que exige rigor e controlo de qualidade, no caso do material usado nas tatuagens e piercings não se sabe quem garante a qualidade dos mesmos. “Qualquer tipo de actividade que implicasse a possibilidade de transmissão de doenças deveria ser vistoriada por autoridades de saúde e os profissionais deveriam ter formação”, refere Armando Carvalho.

A hepatite C é uma doença assintomática, pelo que grande parte dos doentes não sabe que está infectado. A doença não provoca quaisquer sintomas e como o doente não sabe que está infectado não toma as medidas de precaução para evitar o contágio. Quando a doença atinge um estado mais avançado pode originar estados graves e por vezes irreversíveis como a cirrose hepática ou cancro. Actualmente existe mais pessoas infectadas pelo vírus da hepatite C do que pelo vírus da sida.

Em Portugal estima-se que o número de doentes com hepatite C seja cerca de 15 por cento da população, no entanto a maioria não está diagnosticada nem em tratamento. “Apesar dos hospitais portugueses já terem visto uns bons milhares de indivíduos com hepatite C ao longo da última década, este é um número francamente inferior à realidade do país”, refere o especialista.

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