2025/09/14

Biblioteca Nacional expõe filatelia portuguesa

“Em Torno do Selo Postal Português” é o título da exposição com que a Biblioteca Nacional e o Ministério da Cultura assinalam os 150 anos do surgimento do selo de correio em Portugal. A exposição é inaugurada esta quinta-feira, dia 10 de Julho, pelas 18 horas, e é comissariada pelo historiador João José Alves Dias, presidente da Direcção do Grupo de Amigos do Museu das Comunicações.

Em exibição vão estar as reimpressões dos quatro primeiros selos postais portugueses, que começaram a ser vendidos a 1 de Julho de 1853, com o busto da rainha D. Maria II. Portugal tornava-se assim no 45º Estado a adoptar uma reforma postal concebida à semelhança da que tinha sido implementada 13 anos antes, na Grã Bretanha. Vai ser também apresentada na exposição a mais significativa bibliografia produzida em torno do selo, e das colecções por si motivadas.
Apesar de ter surgido como pagamento de um serviço aios correios, o selo foi assumindo um valor cultural, político e até propagandístico. A par dos selos normais, começaram a aparecer as séries comemorativas, das quais a primeira impressa em Portugal, no ano de 1894, evocou o 5º centenário do nascimento do Infante D. Henrique.
De tudo isto, e muito mais, nos fala a exposição sobre a filatelia portuguesa, que vai estar patente na Biblioteca Nacional de 10 de Julho até 11 de Outubro deste ano.

Celso Fonseca apresenta “Natural”

Após parceria com grandes nomes da música brasileira, Celso Fonseca lança o seu quinto registo a solo, “Natural”. De influências ricas na bossa nova, o guitarrista brasileiro prepara-se para apresentar o seu trabalho em Portugal, entre os próximos dias 5 e 9, no Meco, em Lisboa e no Porto.

Celso Fonseca prepara-se para divulgar em Portugal o seu mais recente registo a solo, “Natural”. Com sonoridades essencialmente ligadas ao jazz e à bossa nova, o conhecido guitarrista brasileiro tem participação assegurada no festival optimus.hype@meco, e show-cases na discoteca Lux em Lisboa, e no Café-Teatro Rivoli no Porto, nos próximos dias 5, 8 e 9, respectivamente. Cedo influenciado pelas sonoridades de Baden Powell foi com apenas 19 que abraçou a música como o sonho de uma vida, seguindo carreira de guitarrista ao lado de Gilberto Gil, com quem ganhou o Brasil e o mundo. Após consagração como “o guitarrista de Gil”, Celso Fonseca tem dado provas da sua extrema flexibilidade como instrumentista, compositor e produtor. A parceria com os maiores mestres da música brasileira tem sido, desde a década de 80, uma constante. Nomes como Chico Buarque, Djavan, Milton Nascimento e Caetano Veloso, entre outros, têm sido essenciais na projecção internacional do guitarrista, que conta já com passagem pela Europa, Estados Unidos e Japão. Com larga experiência na área da composição, inicialmente melódica e posteriormente letrista, Celso tem ainda desenvolvido trabalhos de produção com as cantoras Rosana, Adriana Maciel e Verônica Sabino. A estreita relação com Gil comprova indubitavelmente um dos seus mais recentes galardões, o Grammy de World Music, em 1998, a respeito do álbum “Quanto Live”. O mais recente “Natural” revela a maturidade e a experiência de uma carreira que, não passando apenas pelos malabarismo da guitarra, consagra a destreza da voz de Celso e versões de António Carlos Jobin, como “She´s a Carioca” e Baden Powell, com “Consolação”.

Associação de Deficientes das Forças Armadas debate actual legislação

A Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA) vai realizar, este sábado, dia 28 de Junho, uma Assembleia Geral Nacional Extraordinária no Centro de Congressos de Lisboa.

Em Assembleia Geral Nacional Extraordinária vai ser debatida a actual legislação relativa aos deficientes militares e as lacunas de que padece, aproveitando para levar a efeito uma deslocação das centenas de associados presentes ao Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Belém.
A ADFA pretende que as questões a abordar recebam garantia de resolução por parte do Governo, durante o ano de 2003, sem que os associados da associação se permitirão tomar iniciativas públicas que vincarão a sua legítima e profunda indignação.

Lisboa Parade 2003: Ao som da Avenida

A cidade de Lisboa será o placo, no próximo domingo, de um grande evento de música e dança intitulado “Lisboa Parade 2003”. Inspirado em eventos internacionais de renome, como o “Love Parade” de Berlim ou o “Steertparade” de Zurique, o Lisboa Parade contará com a presença de consagrados Dj´s da cena nacional e internacional da melhor música de dança.

Nomes como Dj Vibe, Dj Jiggy, Del Costa, Murray Richardson, entre outros, juntar-se-ão a Erick Morillo, já eleito como o melhor DJ do mundo, e a bailarinos profissionais num total de vinte horas de animação. O festival contará também com a actuação de Jocelyn Brown, uma poderosa voz da “soul music”, que tem trabalhos assinados com grandes nomes da música como John Lennon, Michael Jackson e Roberta Flack. Promovida pela produtora Dubdelight e com o apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa, o evento terá início às 9 horas da manhã, na Praça das Docas de Santo Amaro, estando agendado o desfile, por volta das 14 horas, de trinta e cinco camiões, com destino a Belém, representando vários bares e discotecas nacionais e internacionais. Para os amantes da “dance music” e para o público em geral, a “Lisboa Parade” promete ser uma festa inesquecível que agitará o dia e a noite de 29 de Junho.

Campeões de um Deus menorpor Pedro Martins

Os últimos dias no desporto português ficaram marcados por conquistas importantes extra-muros, como o título europeu júnior de Vanessa Fernandes no Triatlo, a vitória da selecção nacional de Sub-20 no prestigiado torneio de Toulon em Futebol ou a qualificação de Portugal para o europeu de Andebol.

Mas no meu ponto de vista, até porque tive o privilégio de acompanhar por dentro o evento, a excelente participação portuguesa na primeira edição dos europeus de Atletismo para deficientes é de longe o facto mais significativo de uma época onde muitos dos principais nomes do nosso desporto já estão em gozo de férias.
Na cidade holandesa de Assen, apenas 15 atletas (!) conquistaram para Portugal, 21 medalhas, 6 de ouro, 10 de prata e 5 de bronze. Foi de longe a melhor participação de sempre de atletas deficientes em grandes competições europeias, entre jogos paralimpicos e campeonatos do Mundo. Isto não esquecendo que na Holanda, onze portugueses obtiveram ainda os mínimos para Atenas.
Entre mais de 600 atletas de 38 países, a delegação portuguesa acabou por ficar num honroso 12º lugar no quadro de medalhas, algo impensável a outros níveis mas possível no desporto para deficientes pela dedicação e força de vontade dos atletas. Incrível mas pela negativa só mesmo a forma como todas as delegações foram tratadas pela organização do europeu em Assen, primeiro com a escolha de um parque de campismo (paradisíaco é verdade mas para quem está em gozo de férias) onde ficaram os atletas durante mais de uma semana e depois com a escolha da alimentação, mais do que insuficiente para atletas de alta competição.
Mas não se pense que os problemas dos nossos atletas deficientes (e não paralimpicos como muitos lhe chamam, porque esses são em menor número) se resumem aos colocados pelas organizações das provas. É que os problemas de fundo nesta vertente do Desporto português, esses surgem cá dentro, através de uma incrível falta de apoio dos clubes que representam (muitos dos quais, oferecem a camisola para correr e pouco mais), das federações e até do próprio governo. Afinal como é possível que no projecto para os próximos dez anos apresentado recentemente por Hermínio Loureiro, o Secretário de Estado do Desporto, não se fale uma única vez de desporto para deficientes!?
E o tão prometido mas eternamente adiado Comité paralimpico de Portugal? Pois é, para que tal seja uma realidade, torna-se necessário alterar a lei de bases do Desporto. E porque não fazê-lo desde já. Não chega receber os nossos campeões de sorriso aberto no Aeroporto. É que estes verdadeiros filhos de um Deus menor já estão cheios de promessas. Acreditem que é verdade, eu tive a oportunidade de ouvir todas as suas queixas em Assen. Eles merecem a concretização de todas as promessas que já lhe foram feitas e muito mais. Graças a eles, a bandeira portuguesa foi içada nos campeonatos da Europa de Atletismo para deficientes por 21 vezes e o hino nacional entoado por seis ocasiões. Desculpem o desabafo mas assim quem não tem orgulho de ser português lá fora? Eu realmente tive!