2025/06/26

PS mantém confiança em vereadora suspeita de peculato

O líder do PS/Algarve mantém a confiança política em Nídia Amaro, a vice-presidente da autarquia de São Brás de Alportel a quem a Inspecção Geral da Administração do Território (IGAT) acusa de ter utilizado meios da autarquia em proveito próprio, o que levou a oposição a questionar a relação entre a vereadora e o partido.

João Nascimento, do PSD, questiona os dirigentes rosas, perguntando se ainda mantêm a confiança política em Nídia Amaro, depois da IGAT ter “comprovado que esta tinha utilizado a sua influência de autarca, para que o pai desfrutasse de electricidade paga pelo erário público na construção da sua habitação”, tendo o relatório seguido já para o Tribunal Judicial de Faro.

José Apolinário, líder do PS do Algarve, refuta as acusações, visto que “a vereadora, para clarificar a situação, apresentou um pedido de suspensão do mandato”. Para além do mais, “aquilo de que ela é acusada no relatório da IGAT – peculato de uso – tem agora que ser confirmado pelo Ministério Público”.

O líder dos socialistas algarvios refere ainda que quem fez uso indevido da electricidade “foi o pai”, e revela desconhecer com exactidão os contornos do processo, e que terá sido Nídia Amaro a solicitar à professora responsável pela escola, o uso da energia.
“Sobre os contornos exactos não sei responder”, disse, acrescentando que são “as autoridades judiciárias a quem compete apurar os factos”.

Ainda assim, Apolinário não deixa de referir que se está a “falar de uma bagatela e de valores irrisórios”, já que a factura de energia da escola referente aos dois meses em que alegadamente foi praticado o crime, restringe-se a cerca de 3500 escudos. Por isso, é de opinião que o PSD está a querer fazer um aproveitamento político dum facto sem grande importância: “Penso que o PSD não tem espaço para fazer deste, um caso político.

O PSD está enganado sobre esta matéria, porque estamos a falar de quantias irrisórias, embora do ponto de vista ético, podemos discutir se há ou não culpa”.
Pedro do Carmo

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