Mais uma vez, a Europa que pague a crise global!
A crise financeira 2007/2008 está a ser dramática nos EUA. Ainda esta semana assistimos à maior queda diária de sempre. Nos últimos dias de governo, Bush, Cheney e Paulson – o homem da Goldman Sachs que, em rendimento anual, levou 38 milhões para ajudar a falir o sistema financeiro (valia a pena descobrir em Portugal quanto é que António Borges custou à instituição financeira de que se dizia vice-presidente)
A crise financeira 2007/2008 está a ser dramática nos EUA. Ainda esta semana assistimos à maior queda diária de sempre. Nos últimos dias de governo, Bush, Cheney e Paulson – o homem da Goldman Sachs que, em rendimento anual, levou 38 milhões para ajudar a falir o sistema financeiro (valia a pena descobrir em Portugal quanto é que António Borges custou à instituição financeira de que se dizia vice-presidente) – ainda quiseram ficar com 700 biliões para, sem controlo de ninguém, poderem distribuir pelos amigos. A política é “business as usual”, bem se vê. A ideia até não seria má: isolar os derivados tóxicos, as securitizações contaminadas pelo “crash” imobiliário, para que os bancos possam ser recapitalizados com fundos privados e voltem a emprestar dinheiro à economia, evitando-se assim o agravar da recessão. A solução da nacionalização é que era péssima. Não é com nacionalizações que se resolve a recessão. Como nos ensinou a todos o velho Keynes, quando se trata de economia real, a palavra mágica é a “procura”: se a procura fraqueja deve-se descer as taxas de juro, descer os impostos e aumentar a despesa pública; se a procura se expande demasiadamente, então devemos subir os juros, aumentar os impostos e cortar no investimento público. É assim que se resolve o problema da recessão ou o problema da inflação. Não é com nacionalizações…
Mas correu mal na votação do plano no Congresso americano, seguramente, não apenas por causa da “Main St. – os contribuintes não acharam bem colocar o dinheiro dos impostos para salvar a pele dos banqueiros – e apenas por questões mais prosaicas, como, por exemplo, “a quem toca a comissão”…
A América acabará por resolver o seu problema financeiro. A Fed está atenta e o plano aprovado no Senado acaba por reduzir impostos para as PME, segura os fundos contaminados, mas obriga as instituições a pagarem os prémios, que devem ser violentos. Quem, aproveitando, abusou da boa fé do mercado, deve pagar e, obviamente, devem ser os accionistas das instituições a pagar os prejuízos das mesmas. Mas não podemos ter ilusões. O sistema financeiro pode contaminar a economia real e sobretudo pode colocar em causa as pensões e os depósitos (as poupanças) dos cidadãos. É isso que está em causa. Não foi a crise financeira que provocou a recessão. Aliás, toda a crise financeira com o buraco, só nos EUA, de mais de cinco triliões de dólares, pôs, apenas, em risco 600 mil postos de trabalho nos bancos e nem tocou no emprego de mais de 137 milhões de americanos da dita economia não financeira. Portanto, muito do que se passa é, apenas, propaganda, para encobrir negócios políticos mais complicados, vamos ser claros.
Mas o efeito está aí, e a solução americana está a caminho. O plano Paulson não resolve o problema e, portanto, vamos ter mais versões para negociatas futuras, até que, finalmente, o governo americano decida deixar que o mercado resolva a crise.
E o mercado vai resolver a crise, deixando falir alguns, fundindo outros mas, sobretudo, em primeiro lugar, garantindo os depósitos, em segundo, o apoio às PME empregadoras e, finalmente, encontrando soluções para o sistema bancário, como aquelas que Buffett arranjou para a comprar a Goldman, que são, por exemplo, a capitalização dos bancos com acções preferenciais com rendas pré-fixadas ou com obrigações perpétuas com juros atractivos, etc.
A China paga tudo
Por outro lado, os chineses precisam dos americanos e, portanto, se for emitida divida de mais um trilião, lá estarão eles de novo para a comprar, podendo, portanto, a Fed ir assegurando a liquidez no sistema. (Os chineses precisam da América para continuar a exportar em primeiro lugar, mas, com a sua sapiência milenar, não caem nos erros dos tolos alemães ou dos insensatos russos, que acham que a hegemonia americana acabou. Nada disso, enquanto houver uma superioridade militar e tecnológica americana, no dia em que o dólar não for aceite, haverá armas para o impor. E isto é tudo, ou seja, é o último argumento em Economia Política.) No fim, nem serão os contribuintes a pagar, pois os apoios e os aumentos de capital nos bancos centrais vão directamente a dívida pública e enquanto houver dinheiro para pagar os juros não haverá peso para ninguém. Como sempre, é apenas uma questão de aumentar de 60 para 80% o rácio da dívida pública sobre o PIB para tudo ficar como dantes… É isto a nova ordem financeira!
Há que notar de vez – para que não se repitam os disparates que ouvimos todos os dias na Europa e até dito por reputados economistas que não percebem nada de moeda e bancos – que da mesma maneira que se cria moeda, também se destrói moeda, por exemplo, quando uma empresa vai à falência ou quando um empréstimo é pago. (Do ponto de vista teórico, o interessante é que o dinheiro que os bancos comerciais descontam nos bancos centrais é dívida constituída junto deles, de onde, os nossos salários, sob a forma de notas, não são mais que dívidas junto do banco central, o que pode fundamentar novas ideologias anarquistas, sempre muito prolíferas nestes tempos de maior crise.)
Não há, portanto, nenhum drama inflacionista – o presidente do Banco Central Europeu infelizmente só percebeu isto ontem, tendo, por isso, sido o responsável pela recessão europeia (o senhor Constâncio também tem culpas!) – por causa dos triliões que estão ou vão ser injectados na economia, pelo simples facto que esse dinheiro desapareceu por falta de confiança, por depósito no banco central, por falência de instituições ou insolvência de securitizações ou derivados.
Não há, portanto, em nossa opinião, perigo de uma estagflação. Mas, sim, o perigo real de uma recessão global que, naturalmente, se combate, repito, com aumento da despesa pública, diminuição dos juros e diminuição dos impostos, ou seja, em tese geral, com a revisão do Pacto de Estabilidade e Crescimento. (Há que notar que a inflação na Europa foi importada por causa da escassez dos produtos alimentares, já ultrapassada e por causa da incorporação do risco político no preço do petróleo, o que parece também ultrapassado, pelo menos por agora.)
É evidente que o nosso problema é diverso do da Europa. Nós temos um problema de poupança e precisávamos de juros acima dos 6 ou 7 por cento para conseguir criar hábitos de poupança aos portugueses, ajudando assim ao “funding” da banca nacional tão dependente dos empréstimos externos, o que, naturalmente, também aliviaria o défice comercial (a chegar à casa dos 10% do PIB ao ano). Portugal não produz o que consome e quando consome mais, obviamente, importa mais. É, por isso, que algum investimento público acaba por ter um impacto negativo no PIB… e que, em Portugal, o caminho mais acertado é sempre o da redução dos impostos e da massa fiscal, exactamente, o contrário do que tem andado a fazer o Governo socialista.
A história do erro ou o fim da União Económica e Monetária
É verdade que a situação dramática nesta crise, que nasceu na América, provocou o descrédito republicano e deixou a nu algumas práticas de verdadeiro “gangsterismo” por parte dos maiores bancos do mundo. (Banksterismo pode ser o neologismo para caracterizar esta actividade.) Nacionalizações, regulamentação, criminalização do mensageiro (caso do short-selling) e fim dos golden parachutes dos gestores da banca, entrou na moda de uma certa esquerda, que se revê na crítica aos excessos americanos e que desconfia do mercado. (Em Portugal, é a habitual Inquisição do Portugal dos pequeninos a funcionar (e o António Costa à frente a gritar por mais!), com o Governo, em vez de tomar medidas para resolver a crise económica, estar, no Conselho de Ministros, a aprovar leis extraordinárias para aumentar as penas de prisão e as multas, bem como a criminalizar outros comportamentos dos financeiros. Todos sabemos que é sempre, por culpa da incompetência, da inveja, da mesquinhez e do provincianismo das nossas elites e, portanto, dos nossos governantes, que somos sempre o país mais pobre da Europa!)
Mas, a crise americana está a caminho do fim, com este pacote ou com os outros que se seguirão…
O mesmo se diga relativamente ao Reino Unido. Já foram nacionalizados dois bancos e Gordon Brown está a caminho de perder as próximas eleições. Como sempre acontece nos períodos de crise (lembrem-se do século XVII), os espanhóis atrevidos avançam.
“- Todos cairemos no fim e se tivermos mais território sempre nos sobrará mais…”, parecem pensar. E o Santander faz de navio-almirante, como na Armada Invencível. Pede dinheiro emprestado na Eurozona e compra activos em Inglaterra. Ou seja, é a Eurozona que está a pagar a crise inglesa.
É certo que não pode haver corrida aos bancos. É certo que está a ser terrível a crise financeira em Inglaterra.
Mas, caro leitor, vai ser muito pior na Europa. E vai ser pior por causa dos europeus. Porque os europeus são conservadores e respeitam as “autoridades”. Foi sempre o drama europeu. Na I Guerra Mundial morreram gaseados milhões de soldados aliados – até portugueses na Flandres -, sem que os generais percebessem que as velhas regras militares das trincheiras cavadas nada serviam contra as bombas e o gás. Foi preciso reformar aqueles velhos imbecis, e colocar um jovem americano à frente, para os aliados ganharem a grande guerra contra aqueles loucos prussianos, crentes no seu Reich.
Como sempre, é a Europa que paga as crises mundiais e a primeira crise da globalização não vai ser diferente das crises dos capitalismos no Ocidente. E vamos pagar exactamente pelas razões de sempre. Por causa da lógica de poder da Alemanha e o eterno colaboracionismo francês. Barbara W. Tuchman (The March of Folly) volta a ter razão na sua polémica tese: é o erro que faz avançar a história.
É cá estamos nós no erro europeu: e o erro europeu é sempre a teimosia alemã e o imperialismo mal medido dos russos, tudo isso temperado pelo colaboracionismo francês. E a história acabará, como sempre, com a derrota da Alemanha e de Vichy, ou seja, a derrota do Bundesbank e da Eurozona, ou seja, o fim da União Económica e Monetária. E o isolamento da Rússia.
A crise vai ser muito mais dramática na Europa que foi em Inglaterra e nos EUA. É muito curioso que foi na Holanda – terra que acolheu os nossos judeus – que o fundo europeu, correspondente a 3% do PIB, para salvar o sistema bancário europeu, é contaminado pela desvalorização dos activos bolsistas e imobiliários e pelos efeitos da recessão global que se aproxima. Obviamente, os alemães não querem. Agem sempre tarde e mal. Acabarão por terminar muito mal este seu sonho imperial de domínio da Europa por via financeira. O quarto Reich terá o mesmo destino do Sacro-Império Romano-Germânico, da aventura prussiana, ou da loucura hitleriana. Chegará ao fim sem defender a cristandade (por ironia, até o Papa é bávaro!), humilhada e vergada a sua ousadia e arrogância germânicas.
O fim dos tratados europeus
Vamos ter problemas muito graves na Europa e o erro político de começar logo a desrespeitar os tratados, com a convocação de um directório europeu para Paris amanhã – é o primeiro sinal de que os tratados europeus estão suspensos.
Depois disto, dificilmente a Europa terá credibilidade para pedir aos irlandeses que votem o Tratado de Lisboa. Ou há, amanhã, um recuo evidente e público ou o primeiro dia do “fim da União Europeia” é mesmo amanhã e antes de ter nascido o Estado federal.
Esta é a questão política. Depois é a questão financeira. Os feridos em combate.
Como na guerra, temos que os salvar. Temos que salvar o ladrão para nos salvarmos a todos nós. O preço de nada fazer e deixar falir o sistema bancário é a perda das poupanças e das pensões dos europeus. E, isso seria o fim do Estado Europeu e a desordem social. Seria a corrida aos bancos, o tumulto, a revolução e, necessariamente, só uma “mão de ferro” voltaria a por a “canalha” na ordem.
O facciosismo paga-se caro
Cavaco Silva é o quarto Presidente da República eleito, na segunda república. Mas pode ser o primeiro Presidente da República a não ser eleito. E, porquê? Porque o Presidente Cavaco Silva, ao contrário de Eanes, Soares ou Sampaio, não fez um primeiro mandato a tentar ser o “Presidente de todos os portugueses”, nomeadamente cativando aquele eleitorado que não votou nele.
Muito pelo contrário, como se viu nos vetos presidenciais, Cavaco tem gerido Belém de acordo com as suas emoções e convicções e sem qualquer sentido estratégico. O cavaquismo nunca teve substância, nem nunca foi um programa ideológico pensado. Foi feito ao sabor da oportunidade e de acordo com o instinto e o gosto do Presidente, então primeiro-ministro. Em Belém, Cavaco Silva repete a receita: é um homem de facção. Ao contrário dos anteriores presidentes, que fizeram gabinetes e casas civis plurais, metendo consultores de direita e de esquerda, o Presidente Cavaco Silva isolou-se junto de cavaquistas feitos nos seus governos. Por isso, tal como o PSD, Cavaco Silva em Belém nunca deixou de ser faccioso. Por isso, também, o Presidente nunca atingiu os níveis de popularidade de Sampaio, de Soares ou de Eanes. E, finalmente, por isso ainda, colocando-se sempre no prisma da sua interpretação pessoal e evitando o pensamento estratégico, a Cavaco Silva poderão faltar os votos para chegar aos 50% necessários à sua reeleição – sobretudo, se continuar a hostilizar a maioria socialista, por razões facciosas.
O caminho escolhido por Belém é mais perigoso e difícil: aposta tudo em que José Sócrates perderá a maioria absoluta e que o Bloco Central será a garantia da sua reeleição. Mas, o mundo está demasiado complexo, a economia muito volátil e previsões na política portuguesa, a 12 meses, podem sair furadas.
Será Cavaco Silva o primeiro Presidente da República a não conseguir ser reeleito?
Sobe
Jorge Coelho
A gestão de Jorge Coelho na Mota e Companhia começa a dar os seus resultados. A maior construtora nacional conseguiu comprar o controlo da concessionárias das pontes sobre o Tejo, ficando com a exploração do coração do sistema rodoviário nacional, em parceria com a maior construtora do mundo, os franceses da Vinci. Por outro lado, o espectro de nacionalização da Lusoponte, que chegou a estar em cima da mesa para forçar à renegociação dos contratos, fica agora definitivamente afastado. Mas a Mota e Companhia fica em condições únicas para ganhar a terceira travessia do Tejo.
Durão Barroso
Tarde é certo, mas o presidente da Comissão Europeia acordou finalmente para a necessidade de estabilizar os mercados europeus e para a necessidade de agir. Porém, Barroso tem pela frente o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, que afastou ontem a hipótese de a Europa adoptar um plano do tipo do que está a ser debatido pelos Estados Unidos da América para salvar o sistema financeiro, dada a ausência de um orçamento federal. Falta a federação europeia, mas a Europa do directório – que se reúne amanhã em Paris – ameaça cada vez mais o espírito dos fundadores da Europa. Este é o maior problema político da Comissão Europeia.
Faria de Oliveira
Em vez de pedir dinheiro ao Estado e aos contribuintes da CGD está a alienar activos para obter liquidez. A venda de participações na REN e na Águas de Portugal (AdP) por parte da Caixa Geral de Depósitos (CGD) à Parpública não foi por qualquer motivo de emergência, sendo uma medida que estava planeada desde o início de 2008, conforme disse ontem o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. A Caixa recebeu 390 milhões com vendas à Parpública. É assim mesmo que se deve fazer.
Paulo Portas
O líder do CDS-PP exigiu ontem mais restrições à imigração e a expulsão de imigrantes condenados pela prática de crimes, com o PCP e BE a acusarem os democratas-cristãos de xenofobia e de estigmatização das comunidades estrangeiras. “É preciso uma ruptura democrática e consciente. Já não somos um país de brandos costumes, por isso não podemos ser um país de leis brandas”, afirmou Paulo Portas, na interpelação parlamentar do CDS-PP dedicada ao tema da Segurança. Portas ocupa o espaço do medo, para fazer subir os votos do PP. Porém esses votos só servirão para algo se o PS perder a maioria absoluta e precisar de poucos votos para fazer governo. Mas pelo crescimento acelerado da esquerda, tudo indica que apenas o Bloco Central evita a Frente Popular. Tudo bem ao gosto de Cavaco Silva…
Desce
Fernando Teixeira dos Santos
O aumento das penas e a criminalização de comportamentos financeiros no meio da crise financeira mais grave do último século não é apenas o justicialismo. É mesmo politicamente um erro e pode agravar ainda mais a crise. Nesta altura, não se fazem ajustes de contas. Para nos salvarmos todos, temos que nos salvar a todos, incluindo aqueles que podem não ter tido os comportamentos mais adequados. Recorde-se que o Governo vai actualizar as sanções de crimes financeiros como a manipulação de mercado, o abuso de informação privilegiada ou a recepção ilegal de depósitos, propondo um aumento das penas de prisão para cinco anos dos actuais três e uma subida das coimas, uma medida que visa responder à situação de crise que se vive nos mercados financeiros internacionais. Porém, caso estejam a ser tomadas as medidas adequadas o ministro esteve bem na defesa do sistema financeiro. O ministro das Finanças disse ontem que a aprovação no Senado do plano de salvamento do sistema financeiro dos Estados Unidos é bom sinal e frisou que as instituições portuguesas têm-se mostrado robustas para resistir à crise.
Manuel Pinho
O Fundo Monetário Internacional (FMI) avisou ontem que os Estados Unidos poderão entrar em recessão conforme a crise financeira se agrava, naquela que é a previsão mais pessimista desta organização para a maior economia do mundo, desde que a crise de crédito teve início, no ano passado. Só em Portugal é que o oásis continua. Sócrates continua a desperdiçar a maioria absoluta…
António Costa
Onde está o presidente da Câmara Municipal de Lisboa há sempre processos e justicialismo em excesso (agora é o caso das casas sociais indevidamente atribuídas) e erros grosseiros (como foi a legislação sobre escutas telefónicas, quando era ministro da Justiça). Já se percebeu que é um mau autarca (Lisboa está cada vez mais abandonada) e que um jurista incompetente (ficamos elucidados mais uma vez com a questão do empréstimo ao município). Mas, foi ele que na Quadratura do Círculo veio pedir mais penas para os financeiros. O Robespierre português acabará certamente como o outro, no “cadafalso”, depois da mais que certa derrota em Lisboa, nas próximas eleições autárquicas.
Rui Pereira
A lei das armas vem criar uma espécie de segundo código do Processo Penal, ao permitir um regime especial para crimes cometidos com armas de fogo. Este governo tem sido o campeão das inconstitucionalidades, mas é cada vez mais o maior responsável pala má qualidade do Direito em Portugal. Por outro lado, não tem o menor sentido a prisão preventiva para quem não constitui ameaça. A nova lei das armas é simplesmente um erro e uma injustiça a merecer a resistência dos cidadãos.
Manuela Ferreira Leite
É inacreditável que tenha ido perguntar a opinião ao Presidente da República sobre o Kosovo, antes do PSD tomar posição. Belém governa o partido da oposição e Ferreira Leite nem quer esconder.