Os estrategas militares da NATO começaram, hoje, a trabalhar num conjunto de medidas para proteger a Turquia, depois da Aliança Atlântica ter quebrado um impasse de um mês sobre as preparações para uma eventual guerra contra o Iraque, liderada pelos EUA.
Os estrategas militares da NATO começaram, hoje, a trabalhar num conjunto de medidas para proteger a Turquia, depois da Aliança Atlântica ter quebrado um impasse de um mês sobre as preparações para uma eventual guerra contra o Iraque, liderada pelos EUA.
Mas, enquanto os militares trabalham, os membros da NATO vão fazendo um levantamento dos estragos infligidos na credibilidade da sua organização.
George Robertson, secretário geral da NATO, lutou durante o ano passado para repor o primado da NATO, organização que os mais críticas afirmaram ter sido eclipsada pelos EUA depois do ataque terrorista de 11 de Setembro de 2001.
Robertson foi uma força impulsionadora por detrás da criação de um novo fórum para a cooperação entre a NATO e a Rússia (seu velho inimigo dos tempos da Guerra Fria), e liderou a transformação dos países da Aliança Atlântica no sentido de se equiparem para eventuais ameaças à sua segurança.
Robertson afirmou que o domingo (dia 16) acabou por ser um “dia extraordinário” porque assinalou a prontidão da NATO em defender um aliado sob ameaça (e que é o seu objectivo principal). Para ele “a solidariedade na Aliança prevaleceu”.
A NATO vai começar a enviar aviões de vigilância AWACS, mísseis de defesa aérea Patriot e unidades de combate NBQ para a Turquia, que supostamente estarão na linha da frente numa eventual guerra contra o Iraque.
Os embaixadores da NATO reunidos no domingo, demoraram 13 horas a chegar a acordo. A reunião não contou com a França porque Robertson teve de levar o assunto ao Comité de Planeamento Defensivo da NATO – em que Paris não tem assento – para ultrapassar a sua resistência. A França não está incluída neste comité porque se retirou da estrutura militar da Aliança em 1966.