Jacques Chirac prometeu vetar uma nova resolução da ONU que preveja a acção militar, estreitando as hipóteses de uma União Europeia a uma só voz quanto ao Iraque.
Jacques Chirac comprometeu-se, ontem à noite, a vetar uma nova resolução do Conselho de Segurança que explicitamente autorize a acção militar. “Não existe necessidade para uma segunda resolução neste momento, pelo que a França não tem outra opção senão opor-se”, disse Chirac ao chegar à cimeira extraordinária da União Europeia, em Bruxelas.
Para o chefe de Estado francês, a acção militar é a “pior solução”. A posição francesa aprofunda ainda mais o abismo entre os que pretendem seguir a chamada norte-americana às armas e os que preferem dar tempo à diplomacia. Perante a recusa francesa em voltar ao debate na ONU, o chefe da diplomacia britânica, Jack Straw, assumiu a posição de defesa, afirmando que a resolução 1441 dá “toda a autoridade de que necessitamos”.
Neste momento, a União Europeia está dividida em três campos: o primeiro, apologista da solução militar, é constituído por Portugal, Espanha, Itália, Dinamarca, Holanda e Reino Unido; o segundo, pacifísta, pela França, Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Grécia e Áustria; e o último, os que não se pronunciam, pela Irlanda, Suécia e Finlândia.