Este ano lectivo o número de professores sem emprego aumentou de forma significativa, rondando os 28 mil, de acordo com os resultados da segunda fase do concurso que o Secretário de Estado da Administração Interna divulgou.
Cerca de 28 mil professores e licenciados habilitados a dar aulas ao 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário ficam sem emprego este ano.
Os dados avançados pelo Secretário de Estado da Administração Educativa, Abílio Morgado, sobre os resultados da segunda fase do concurso, demonstram que apenas 8 mil professores, num universo de 36.390 candidatos externos, vão ficar colocados. Houve um aumento de 40% no número de candidatos sem emprego.
Segunda a edição desta quarta-feira do Diário de Notícias, registou-se uma descida no número de vagas existentes. Em 2002/2003 havia 17.289 horários disponíveis (completos e incompletos). Neste ano lectivo apenas existem 13.373 horários, o que corresponde a menos quatro mil vagas.
Verifica-se um aumento na procura de 20%, especialmente na segunda fase, que incluiu este ano, pela primeira vez, os horários incompletos, que antes eram atribuídos nos miniconcursos de Setembro. Abílio Morgado afirma, no Diário de Notícias, que esta medida (acabar com os miniconcursos em Setembro) permite um maior rigor, pois “muitos horários ficavam guardados para a última fase, reservados a professores que já tinham uma relação com a respectiva escola”.