Apesar das divergências quanto à questão do Iraque, Chirac e Blair declararam concordar inteiramente quanto à necessidade de desarmar aquele país, através das Nações Unidas.
O Presidente francês, Jacques Chirac, disse, na terça-feira, que, apesar de existirem algumas divergências com a posição britânica quanto à questão do Iraque, concorda com o primeiro-ministro britânico Tony Blair no que respeita à necessidade daquele país ser desarmado através do Conselho de Segurança da ONU.
“No que respeita ao Iraque, temos diferentes abordagens mas, antes de mais e sobretudo, temos duas convicções que são fundamentais e partilhadas: a primeira é que temos de desarmar o Iraque, e a segunda é que isto tem de ser levado a cabo através do conselho de Segurança das Nações Unidas. Quanto a isso, estamos inteiramente de acordo”, afirmou Chirac.
O Reino Unido e a França acordaram, também, num plano para pressionar a União Europeia a adoptar políticas de defesa e segurança comuns.
Numa cimeira em Le Touquet, dominada pelo Iraque, Tony Blair e Jacques Chirac apoiaram fortemente o desenvolvimento da há muito discutida Força de Reacção Rápida.
Também concordaram em partilhar equipamento militar, como aero-cargueiros, destinado a missões humanitárias ou de manutenção de paz. “A França e o Reino Unido concordam que esta é a altura para a União Europeia aceitar novas responsabilidades no âmbito da gestão de crise”, disseram numa declaração conjunta. Blair e Chirac declararam, ainda, o seu apoio à iminente tomada do controlo das operações da NATO na Macedónia por tropas da União e revelaram que apresentarão propostas conjuntas para o destacamento de mais forças europeias para a Bósnia, na cimeira de ministros de negócios estrangeiros da União, no próximo mês. Finalmente, os líderes apelaram aos parceiros europeus que aumentem a sua despesa na defesa.