Dois aspectos são importantes para o desenvolvimento das organizações na economia digital: a informação e a comunicação.
Estes factores não são novos para a gestão, mas muitas vezes não são encarados como mais valias. Existem de forma mais ou menos informal e, na maioria dos casos, sem suportes de sistemas informáticos.
Não são competências organizacionais e baseiam-se nos interesses individuais e servem mais para suportar relações de poder do que para assegurar a eficiência dos processos e promover a produtividade.
Como não existe pesquisa de informação e muito menos o seu tratamento sistemático segundo os objectivos organizacionais, a crise emerge quando os colaboradores deixam de o ser. A experiência e o conhecimento perde-se porque não foi transmitido e nada mais resta do que começar do princípio. Perde-se tempo e dinheiro.
Os sistemas de informação e os seus suportes devem ser encarados de forma estratégica e enquadrados na visão da organização para padronizar a comunicação e induzir qualidade nos processos. Para além de exigir disponibilidade, a nova cultura é de responsabilidade, partilha e trabalho em equipa que envolvem todos, os que participam num mesmo processo, sejam colaboradores, clientes, fornecedores ou parceiros.
A pesquisa é uma alavanca que promove a criatividade e desenvolve a inovação dos produtos e serviços. Uma das dificuldades das organizações na utilização da Internet como canal de comunicação, distribuição e de comercialização é não perceberem o que se pode e deve publicar. Muitas vezes, ignoram o género e o tipo de informação que existe nas suas actividades.
Depois, é preciso saber enunciar essa informação e torná-la comunicável para ganhar eficácia e produzir resultados.
Mesmo que os negócios sejam difíceis de conceber em termos digitais, principalmente os que exigem a experiência do produto, como por exemplo a compra de um automóvel, de uma casa, de um par de sapatos ou de um perfume, a presença na Internet traz vantagens em termos de notoriedade e como um instrumento cada vez mais decisivo para o relacionamento com o cliente.
A nova circunstância obriga a repensar o negócio de forma a completar a sua cadeia de valor, agora mais abrangente, com aspectos inovadores que ajudam a fidelizar e a conquistar clientes. Imaginar e integrar são actividades de futuro.