Depois dos tanques israelitas terem invadido as cidades palestinianas de Ramallah, Tulkarem, Belém e Qalquilia, a reocupação de Hebron está iminente, como disse ao SEMANÁRIO, Majdi Dana, o presidente da International Palestinina Youth League.
Na cidade de Hebron a situação degrada-se diariamente, com o cerco feito pelos tanques israelitas. As pessoas não podem deslocar-se e permanecem 24 horas sobre 24 horas frente à televisão para ouvirem as notícias. “As pessoas estão preocupadas, não sabem o que se passa. Não nos podemos movimentar e, por isso, estamos constantemente agarrados à televisão para sabermos das últimas”, disse ao SEMANÁRIO, Majdi Dana, presidente da International Palestinian Youth League, que se encontra retido no escritório da sua organização naquela cidade.
Denunciando a dramática conjuntura que se faz sentir em Hebron, Dana não escondeu o seu desalento e preocupação perante a escassez de alimentos e medicamentos. “É frustrante estar-se aqui preso e sem alimentos”, desabafou. “Estamos perto de ficar sem comida, uma vez que não há movimentos; ninguém entra e sai da cidade”.
Até à altura do contacto telefónico feito pelo SEMANÁRIO (terça-feira), em Hebron as linhas telefónicas ainda estavam operacionais, uma sorte que Ramallah já não partilhava há alguns dias.