2025/06/26

Banco Central Europeu mantém taxa de juro nos 2%

O Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) decidiu, esta quinta-feira, manter as taxas de juro directoras da Zona Euro inalteradas nos 2%.

A taxa de facilidade permanente de depósito continua em 1% e a de facilidade permanente de cedência de liquidez está fixa nos 3%.
Em 2001, o BCE cortou quatro vezes as taxas de juro e em Dezembro de 2002 reduziu em 0,5% o preço do dinheiro. Já este ano, o BCE cortou em Março e em Junho num total de 0,75%.
Uma possível descida das taxas de juro só deverá acontecer depois de Novembro, mês em que muda o Governador do Banco Central Europeu.

IVA a 5% para bens de primeira necessidade

O ministro da Segurança Social e do Trabalho, Bagão Félix, defendeu, esta quarta-feira, a tributação mínima do Imposto de Valor Acrescentado (IVA) em 5% para produtos de primeira necessidade, como medida de benefício fiscal das famílias portuguesas.

Na primeira reunião do Conselho Consultivo para os Assuntos da Família vários conselheiros avançaram com propostas no sentido de descriminar positivamente as famílias, em termos fiscais. Uma dessas medidas, que conta com o apoio de Bagão Félix, diz respeito à tributação mínima do IVA em bens de consumo “de primeiríssima necessidade”.
O ministro da Segurança Social e do Trabalho exemplificou com as fraldas, considerando tratar-se de um bem primeira necessidade para as famílias, razão por que não deviam ter um IVA de 19%.

BSNP primeiro membro português para os mercados Euronext

O Banco Santander de Negócios Portugal (BSNP), o Banco de Investimentos do Grupo Totta, é a primeira instituição portuguesa a adquirir o estatuto de General Clearing Member (GCM) junto da Clearnet para os quatro mercados que compõem a Euronext – França, Bélgica, Holanda e Portugal – concluindo com êxito o complexo processo de candidatura iniciado há alguns meses.

O novo estatuto conquistado pelo BSNP posiciona-o na linha da frente face à alteração do sistema de liquidação das operações de bolsa executadas no Euronext Lisboa, cuja data prevista é o próximo dia 24 de Outubro, altura em que o mercado de capitais português migrará para uma nova plataforma de negociação e para a plataforma de compensação (clearing) denominada C21.
Vai ser adoptada para o mercado de capitais português uma prática que já é comum noutros mercados, a compensação de operações por uma contraparte central. Esta prática tem como principal objectivo reduzir as falhas de liquidação e, consequentemente, o risco de contraparte, já que a Clearnet assumirá a figura de contraparte central no processo de liquidação, o que significa que todas as operações, de compra ou venda de títulos, liquidarão contra a Clearnet.
Para além dos serviços de compensação, o BSNP irá também disponibilizar um serviço integrado para os mercados Euronext, o qual é dirigido às instituições que, tendo condições para ser membros do mercado Euronext, não pretendam manter esse estatuto por razões estratégicas.

AIP apresenta Carta Magna da Competitividade

A Associação Industrial Portuguesa (AIP) apresentou, esta quarta-feira, no Centro de Congressos de Lisboa, a Carta Magna da Competitividade e o relatório da Competitividade.

A Carta integra um conjunto de propostas a implementar nos próximos dez anos, quer pelos empresários, quer pelo poder político, e inclui dois pontos fundamentais: “Visão Estratégica” e “Grandes Objectivos e Princípios Orientadores”. O Relatório da Competitividade inclui diversos “Indicadores de Acompanhamento” para Portugal e estabelece uma metodologia de avaliação periódica, numa óptica de benchmarking, que irá permitir à AIP produzir, anualmente, propostas visando o aumento da competitividade.
A Carta Magna da Competitividade foi apresentada num seminário, cuja abertura esteve a cargo do presidente da AIP, Jorge Rocha de Matos, e contou ainda com a participação do primeiro ministro, Durão Barroso, e dos ministros de Estado e das Finanças e da Economia, Manuela Ferreira Leite e Carlos Tavares, de empresários e líderes associativos, gestores, dirigentes políticos e sindicais e outros agentes económicos.

Economia mundial com recuperação pouco dinâmica

A retoma da economia mundial será moderada e pouco equilibrada, afirmou a Comissão Europeia. As tensões internacionais reflectem mais um ano de fraco crescimento e o comércio externo não será dinamizador da economia mundial.

O comércio mundial registou um fraco crescimento no ano passado situando-se nos 2,6% depois de ter apresentado uma evolução significativa desde 1982-83. O comércio externo poderá acelerar mas não será suficiente para impulsionar a economia mundial.

A retoma do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial será feita no próximo ano, estimada num aumento de 3,7%.

Nos Estado Unidos, a retoma da economia será modesta estimulada pela política monetária e orçamental. O crescimento do PIB mantém-se abaixo do nível potencial e o défice orçamental deverá registar um agravamento para se situar nos 4,8% do PIB em 2003.

Para o Japão, as perspectivas económicas são pouco animadoras, o défice orçamental do Estado poderá subir para 7% do PIB. No resto da Ásia, o crescimento é dinâmico após a estagnação em 2002.

As economias latino-americanas deverão recuperar beneficiando da aceleração da economia mundial e da ultrapassagem da crise financeira.