2025/06/25

As várias vidas de Duras

“Marguerite D.” de Manuel Sardinha, estreou ontem no Teatro Nacional D. Maria II. Com interpretação de Daniela Feio e Fernando Landeira, este é um projecto construído a partir do “Amante da China do Norte”, “O Amor”, “Hiroshima Meu Amor”, “Doença da Morte e “É Tudo”, da escritora Duras.

Marguerite Duras, a “escritora gato”, a mulher de várias vidas inventadas, autora respeitada por muitos e contestada por mais alguns, vê agora alguns dos seus textos adaptados ao teatro, por Manuel Sardinha. A Sala Estúdio Amélia Rey Colaço/Robles Monteiro, do Teatro Nacional D. Maria II, acolhe este projecto que prende constituir-se como viagem nas memórias pessoais de Duras, construído a partir do “Amante da China do Norte”, “O Amor”, “Hiroshima Meu Amor”, “Doença da Morte e “É Tudo”, da escritora Duras.
Ela é especialista em “reiventar” as vidas e as mortes, em processo de eterna reescrita, como que desdém à memória e ao registo. “A mesma loucura que na vida”, a errância como ponto de poucas certezas iniciais, são o plano que fará mover os jogos de representação, com interpretações de Daniela Feio e Fernando Landeira.
Segundo Manuel Sardinha, “a vida e a obra de Marguerite Duras encantaram/apaixonaram os intervenientes deste projecto que procuram a sua transmutação (em parte) para o teatro sob a designação de Marguerite D.” Até 26 de Julho é possível ver esta incursão teatral ambiciosa.

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