2025/07/04

Carlos César admite que se recandidata pela última vez

O líder do Governo Regional dos Açores, Carlos César, adiantou que as próximas eleições regionais de 2004, serão as últimas em que participa como candidato.

O Socialista, Carlos César, admitiu que se candidata pela última vez nas eleições regionais de 2004, eleições estas que serão as últimas em que o actual líder do Governo Regional dos Açores se candidata a esta mesma posição que ocupa desde 1996.

Carvalhas não admite ingerências em assuntos internos do PCP

O PCP não admite qualquer tipo de influências externas à forma como se organiza internamente. Carlos Carvalhas garante se oporá a qualquer imposição legal que force o seu partido a abdicar do voto de braço no ar.

O secretário-geral do PCP, Carlos Carvalhas, não admite qualquer tipo de ingerências externas na vida interna do seu partido. Em causa está a possibilidade de o voto secreto vir a ser imposto pela revisão da Lei dos Partidos, na qual PS, PSD e CDS-PP estarão em acordo no que toca a esta matéria.
Para Carvalhas, “não serão os partidos da direita, com quem o PS continua a fazer alianças, que vão determinar o modo como o PCP vai funcionar”. Falando na sessão de encerramento da Assembleia da Direcção da Organização Regional dos comunistas, em Braga, Carlos Carvalhas sublinhou que tudo irá fazer para salvaguardar a independência formal do seu partido, realçando que não permitirá que seja imposto pelos outros partidos com assento parlamentar “um modelo único que se aplique a todos os partidos”.

Revisão da Lei dos Partidos

Sampaísmo ganha mas guterristas dizem é cedo para substituir Durão

As vitórias das listas sampaístas concorrentes às Federações do PS demonstram uma de duas coisas: ou o aparelho de Guterres está no fim e o PS quer a renovação ferrista, ou, em alternativa, o aparelho guterrista considera que ainda não é tempo da oposição tomar o poder e derrotar Barroso.

O primeiro-ministro colocou-se a jeito, com a questão do Iraque, para que o Presidente da República lhe pudesse tirar a confiança, mandando abaixo o Governo e levando o País para eleições gerais.

Só que isso, apesar da esquerda deixar claro nas moções de censura esta semana que quer e está em condições de substituir o actual executivo, ainda é cedo. A esquerda está a fazer de conta, por agora. O seu verdadeiro líder é o Presidente da República.

O sampaísmo ganhou, aliás, esta semana, em toda a linha, as eleições nas distritais do PS, acabando de vez com o velho e desgastado poder do aparelho guterrista, comandado por Jorge Coelho.

A esquerda está a criar as suas estruturas, os seus acordos de princípio, os seus entendimentos com o trotsquismo mais alargado, leia-se Bloco de Esquerda e outros transformistas desempregados, para voltar depois ao poder. Mas só quer voltar depois da crise passar. E esse momento será exactamente aquele em que a esquerda espera ver o PSD mais desgastado.

Durão Barroso, fazendo justiça ao seu profissionalismo como diplomata pragmático e com um bom entendimento do que é o interesse nacional, colocou-se ao lado da América, reafirmou a vocação europeia de Portugal e apostou na lusofonia, como espaço de diferenciação.

Martins da Cruz deu a resposta cultural com o diálogo no Mediterrâneo. Mas se na esfera externa as coisas estão a correr bem, tanto mais que o neutralismo de Sampaio serve para efectivamente Portugal não se envolver na guerra, como a opinião pública sempre gosta, o certo é que é na ordem interna que a continuidade e a sobrevivência desta maioria serão decisivas.

É agora claro que se a culpa da crise é do PS, tem sido a pouca habilidade de Ferreira Leite que fez agravar a recessão. É agora claro que o aumento dos impostos apenas serviu para aumentar a fuga aos mesmos, em vez de contribuir para aumentar as receitas do Estado.

É claro agora que o governo do PSD aumentou as despesas da Administração Pública em vez das diminuir.

É claro que a política económica deste governo é contraditória, errada e que a corrupção é em regra aos olhos dos portugueses. É inacreditável a perseguição aos empresários que Bagão Félix está a fazer, seja com a solidariedade no pagamento dos salários (os empresários agora passam a responder com as empresas e os seus patrimónios pessoais pelos salários), seja agora com a “estúpida medida de criminalização do não pagamento das contribuições à Segurança Social”.

Bagão Félix tem demonstrado ser um verdadeiro comunista encapotado, e em vez de diminuir as contribuições porque hoje o seu peso é um desincentivo ao emprego, como, aliás, está a fazer Schroeder na Alemanha, faz como Pina Moura fez no Fisco, criminaliza as contribuições, coisa que jamais Ferro Rodrigues ousou fazer.

São erros ideológicos, que só podem conduzir o País a uma situação mais grave e que acabam por dar razão a Jorge Coelho e ao antigo aparelho socialista, que, ao contrário de Ferro Rodrigues, considera que ainda não chegou o tempo de derrubar Barroso, nem de moções de censura, pois a acção do executivo é suficiente para o afastar do poder dentro de dois anos.

Uma boa razão para justificar o aparente afastamento dos guterristas das estruturas regionais do PS, afirmando que “no momento em que for essencial tomar conta do partido, estas estruturas acabarão por ser substituídas por quem estiver no poder”.

Ferro Rodrigues desloca-se a Madrid para encontro com líder do PSOE

Ferro Rodrigues vai encontrar-se esta sexta-feira em Madrid com o Secretário-Geral do Partido Socialista Operário Espanhol, José Luis Zapetero.

O Secretário-Geral do Partido Socialista, Ferro Rodrigues, vai deslocar-se à capital espanhola para um encontro com o seu homólogo, José Luis Zapatero, Secretário-Geral do Partido Socialista Operário Espanhol, em discussão, estará a troca de pontos de vista sobre a situação internacional e questões de interesse bilateral.

Durão desvaloriza moções de censura

O comportamento da oposição com a apresentação de moções de censura ao Governo num momento de crise internacional é irresponsável, disse o primeiro-ministro José Manuel Durão Barroso.

Desvalorizando as quatro moções de censura, Durão Barroso disse que a posição do Partido Socialista é uma surpresa considerando que está “irreconhecível”. “Só em Portugal se assiste à irresponsabilidade de apresentação de moções de censura ao Governo precisamente num momento de crise internacional e quando mais sentido tem o reforço da unidade nacional”, disse Durão Barroso, no debate das moções de censura ao Governo no Parlamento.

PS, PCP, Os Verdes e o Bloco de Esquerda apresentaram, no Parlamento, quatro moções de censura ao Governo relativamente ao envolvimento de Portugal na guerra do Iraque, mas nenhuma delas tem qualquer hipótese de ser aprovada e pôr em risco este Governo.

“A surpresa está mesmo no PS, este PS está irreconhecível”, disse Durão Barroso, citado pela Reuters. “Antes o PS era um partido moderado, hoje o PS aparece como um partido radical, antes o PS assumia posições equilibradas, responsáveis, hoje tem uma linguagem extremista e atitudes radicais, antes no Governo o PS não alinhava com as posições daqueles que afrontam a NATO e sempre se opuseram à União Europeia, hoje, na oposição, o PS dá o dito por não dito”, acrescentou.