2025/06/26

Bob Dylan de regresso ao cinema

Bob Dylan, cantor e compositor norte-americano irá regressar ao cinema, participando no filme «Masked and Anonymous» com estreia marcada nos Estados Unidos para Junho deste ano. Jeff Bridges, John Goodman, Penelope Cruz, Jessica Lange e Angela Bassett são outros dos nomes que constituem o elenco.

Em «Masked and Anonymous», Bob Dylan desempenha o papel do trovador, Jack Fate, salvo da vida na prisão pelo seu ex-manager, na tentativa de retomar a sua esquecida carreira artística.

O regresso de Bob Dylan ao cinema acontece 16 anos depois de ter integrado o elenco do filme «Hearts of Fire», película datada de 1987.

Bruce Dern, Ed Harris, Val Kilmer, Cheech Marin, Chris Penn, Mickey Rourke e Christian Slater também participam, através de curtas apresentações, neste filme cuja ante-estreia ocorreu no festival de cinema de Sundance.

Maria João e Mário Laginha em Coimbra

Maria João e Mário Laginha actuam esta segunda-feira no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra. O concerto servirá para apresentar o seu mais recente álbum, intitulado «Undercovers».

O disco «Undercovers», editado em 2002, apresenta ilustradas versões de Tom Waits, Björk, Caetano Veloso, Lennon e McCartney, Sting, Joni Mitchell, António Carlos Jobim, U2, Stevie Wonder, entre outros.

O espectáculo tem início previsto para as 22:00 e o preço dos bilhetes é de 20 euros.

A entreaberta porta do Mundo

No Passeio dos Alegres nasceu, cantando, depois foi Vitorino quem lhe deu asas ao sonho. Na queda de um império, uma voz ecoou, das entranhas da mais pura alma lusitana, ao céu do horizonte, tão azul quanto o olhar que consigo transporta, desde criança.

“À Porta do Mundo” novel álbum de Filipa Pais, é um trabalho enobrecido pela riqueza timbrica de uma voz que incorpora repertórios amadurecidos por anos de colaboração com músicos portugueses, de Rui Veloso a Janita Salomé, Sérgio Godinho ou Vitorino, que lhe proporcionaram vivências musicais que extravasaram diversos estilos musicais.

A vertente tradicional ” num disco melodioso que dá importância à voz” aliada à poesia de Reinaldo Ferreira, João Afonso, Hélia Correia “que tem uma facilidade imensa em construir poemas após ouvir o tema tocado instrumentalmente” ou tantos outros, de nome esquecido, que deram vida e história a cantares tradicionais, surge como recordação de tempos não vividos causadores de nostálgica saudade.

A arte do canto pautou a sua vida, mas somente após a edição em 1994 de “L´amar”, o seu primeiro trabalho, “voei sozinha e as coisas começaram a acontecer”.

O prolongado interlúdio discográfico, que tomou oito anos da sua vida, “não foi de maneira alguma vazio, pois nesse período cantei durante três anos com o António Chaínho, participei em espectáculos com o Tito Paris, actuei na Expo98 por diversas vezes…”. Também o nascimento da sua filha Alice, a fez “abrandar nos passos da carreira mas revestiu-se de grande importância em termos pessoais, pelo mundo de fantasia que me fez recordar e reviver de novo”.

A distribuição do seu novo álbum no mercado discográfico internacional ” é um objectivo para o qual existem já alguns contactos, todavia ainda não totalmente explorados”, acrescentando não ser necessária para a internacionalização da sua carreira, a mudança do idioma que lhe acompanha a voz, ” sou portuguesa, falo português, e neste momento nunca cantaria noutra língua que não a nossa”.

Quanto à sua visão acerca do mercado de música nacional, Filipa Pais refere, “pouco ouço rádio, pois quando o faço só oiço temas em inglês, embora não me possa queixar, até porque existem emissoras que vão passando a minha música”.

O número de discos vendidos é algo ” que não me preocupou quando fiz o disco, mas gostaria que muitas pessoas pudessem ouvir o meu trabalho”.

O apoio Governamental à produção de conteúdos artísticos, nomeadamente no que se relaciona com o meio musical merece também um curioso comentário “pela parte que me diz respeito, nunca dei por nada”, prosseguindo, “não há qualquer tipo de apoios, nem sequer um circuito onde possamos expor o nosso trabalho” aludindo também “à falta de patrocínios, que dificulta a realização de ensaios, e de espectáculos em condições”.

Já no fecho da conversa Filipa acedeu ao desafio de tentar descrever a sua música meramente através de palavras, faladas, para os leitores do SEMANÁRIO, “uma das coisa de que gosto no álbum relaciona-se com a sua componente melodiosa, baseada em raízes provenientes da tradição, algo que é realmente importante no nosso país, sujeitas a uma envolvente composta instrumentalmente. Todavia é muito difícil falar da minha música..”, fez-se silêncio, a sua voz ganhou ritmo, e cantou um pequeno trecho de uma melodia que um dia havia já cantado.

“Chicago” triunfa sobre “Gangs of New York”

O musical “Chicago”, assinado por Rob Marshall, confirmou esta madrugada todo o seu favoritismo na corrida aos Óscares da Academia de Hollywood, ao conquistar seis prémios, incluindo o de melhor filme do ano.

A película de Marshall conseguiu metade dos Oscars para os quais estava nomeado. Além do melhor filme ganhou os de melhor actriz secundária, com a interpretação de Catherine Zeta-Jones, melhor direcção artística, guarda-roupa, montagem e som.

Entre os vencedores da noite conta-se igualmente Roman Polanski, com “O Pianista”, nomeado em sete categorias, que conseguiu três galardões. Melhor realização, melhor actor para Adrien Brody e melhor argumento adaptado.

Martin Scorcese e os seus “Gangs de Nova Iorque”, filme proposto para dez categorias, entre as quais, melhor filme, realização e argumento original, acabou por sair do Kodak Theatre de Los Angeles sem uma única estatueta.

Também “As Horas”, de Stephen Daldry, se quedou aquém do que seria de esperar. Das nove nomeações acabou por conquistar apenas uma, para a melhor actriz, Nicole Kidman.

Entre as surpresas da 75ª edição, está o prémio conseguido pelo espanhol Pedro Almodóvar, com a atribuição do Óscar para melhor argumento original em “Fala com Ela”, bem como a atribuição do galardão de melhor canção ao ausente rapper Eminem com o tema “Lose Yourself”, do filme “8 Mile”, que bateu os claramente favoritos U2 e “The Hands That Built America”, de “Gangs de Nova Iorque”.

A cerimónia foi de resto marcada pela guerra em curso no Golfo Pérsico, com muitos dos convidados a apresentarem-se vestidos de negro e com símbolos da paz na lapela e com alguns dos premiados a aproveitarem o momento de subir ao palco para se pronunciarem a favor da paz mundial.

António Chainho e Marta Dias “Ao vivo no CCB”

“AO VIVO NO CCB” é o título do álbum que resultou da gravação dos concertos que o guitarrista António Chainho e a cantora Marta Dias deram, nos dias 28 e 29 de Janeiro, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém.

Em ambos os concertos, António Chainho passou em revista alguns dos temas mais emblemáticos da sua carreira dos quais são exemplo, “Fadinho Simples”, “Gaivotas ao Amanhecer”, “Guitarra sem Fronteiras”, “Zanga das Comadres”, “Improviso em Mi Menor”, “Rotas Marítimas”, aproveitando também a ocasião para apresentar, em primeira mão, alguns temas novos como “Fado Alegre”, “Fado Tão Bom”, “Encontrei um Fadista”, “Fado Preto” e “Calha Bem”, cujas letras são da autoria de Marta Dias.

Para a realização de ambos os concertos, António Chainho contou ainda com a participação especial de Fernando Alvim (viola), Rão Kyao (flauta, em “Voando Sobre o Alentejo” e “Quase Fado”), Eduardo Miranda (bandolim e viola) e Tuniko Goulart (viola).

Todavia e enquanto o álbum não chega às prateleiras das principais lojas de música, o single de apresentação “Fado Tão Bom” está já disponível no site do guitarrista português.