2025/06/26

“Operação Triunfo” no Casino do Estoril

O lançamento do CD especial “Operação Triunfo” decorrerá no Casino Estoril, no próximo da 21 de Abril, a partir das 19:30 horas, e contará com a presença dos 16 alunos que iniciaram este concurso da RTP, que visa descobrir novos talentos para a música.

De seguida, realizar-se-á, às 22 horas, no Du Arte Garden, com entrada livre, o 1º Concerto com ex-alunos da “Operação Triunfo”.

O “Grande Concerto Operação Triunfo” será apresentado por Maria João, directora da escola. Os sete ex-alunos, que se apresentarão a concurso e, que – entretanto já foram excluídos, terão a oportunidade de voltar a trabalhar e de conviver com toda a equipa do programa.

Este espectáculo contará com a interpretação de cerca de 18 temas, entre os quais diversas actuações a solo, bem como alguns duetos.

Assistirão ao Concerto, os actuais alunos, os professores da escola, o júri, os patrocinadores, a apresentadora Catarina Furtado e convidados especiais da “Operação Triunfo”, cujo final está previsto para o próximo dia 18 de Maio.

Mário Cláudio ao SEMANÁRIO

“Todos somos uma minoria”

A cultura étnica faz transparecer o carácter híbrido motivador do tecido estruturante da obra de Mário Cláudio, “Oríon”, a segunda de uma “tríade” literária.

A propositada criação de uma linguagem miscigenada, como forma de mostrar ao leitor o traço construtor de cada palavra, e de o encaminhar bem para lá dos tempos, com a imagem do presente como berço de uma narrativa e de uma conversa que abandona a ficção.

A constelação Oríon, é representada pelo mito simbólico renascido da lenda de um caçador, que depois de tantas aventuras se transforma em constelação celeste.

Todavia “Oríon”, no livro de Mário Cláudio, é o relato, que sob a forma de romance metafórico aproveita o verídico acontecimento histórico do envio de um punhado de crianças judias, em 1443, no reinado de D. João II, para o arquipélago de S. Tomé e Príncipe, o que ” faz pensar em algo tão característico da condição humana, na qual todos nós somos crianças de alguma maneira abandonadas numa ilha, tentando contemplar o horizonte, onde por vezes avistamos uma constelação que interpretamos como sinal de esperança, de possibilidade da realização de um sonho futuro”.

Aos quinze anos encontrou em si mesmo, ” a escrita como algo central na minha vida”, considerando mesmo ser “impossível sobreviver sem ela”, explicando sucintamente a motivação que o conduziu à criação desta obra, ” tinha lido um episódio histórico acerca deste acontecimento, e surgiu-me a ideia de construir um romance”.

Para o escritor, professor, e licenciado em direito, a quem as invictas palavras que exalam da sua voz não conseguem ocultar as raízes portuenses, “os romances nascem disso mesmo, de ideias que se sedimentam e depois emergem, surpreendentemente”.

“Desembarcou na ilha uma leva de degredados, gente que mirava as novidades da paisagem com uma brasa em cada olho, se deslocava numa lentidão de cautela e de pasmo, hesitante quanto ao solo que pisava, mas decidida a beber até ao seu termo a vida que lhe fora poupada…” .

Neste segundo livro de uma trilogia possuidora de uma “égide comum aos três romances, embora cada um deles se possa ler de forma independente” e cuja ideia matriz se relaciona com a abordagem ” à situação de pessoas que se encontram num contexto de fragilização diante do poder, no primeiro caso com sete delinquentes, agora com sete crianças iguais a todas, desde sempre, mas de etnia diferente”.

As distinções apresentadas, quase como que através de uma eclesiástica encenação divina, pelas sociedades contemporâneas, povoam o seu imaginário de uma avidez revolucionária, que transparece não raras vezes, na sua obra, bem como na conversa, “procuro prestar o meu contributo, naquilo que melhor sei fazer, reflectindo e tentando fazer reflectir acerca das razões que conduzem à confrontação e à eterna guerrilha entre minorias e maiorias”. Explicitando o seu papel social como televisionador do presente, e referindo-se aos degredados dos nossos dias assume, “como escritor, como artista que sou, a minha tendência conduz-me a estar sempre ao lado das minorias ostracizadas, até porque todos nós, por uma ou outra razão, fizemos, fazemos, ou faremos parte delas”.

No actual contexto global, classifica a sua obra como “um momento de reflexão para situações que necessitam de ser pensadas, de forma mais generalizada, por forma a rasgar e atravessar todos os lugares, de todas as épocas”.

O romancista explana também o seu pensamento acerca da cultura nacional, nomeadamente quanto ao enquadramento que vai recebendo por parte da governação, preferindo começar por focalizar “a terrível fase por que atravessamos, pois psicologicamente encontramo-nos fortemente combalidos”, sublinhando ser este um “período de acentuada depressão, não só em termos monetários, mas muito mais preocupantemente, em termos de esperança, tão necessária ao desenvolvimento de qualquer sociedade”. Revelando-se “consternado”, continua no entanto expectante quanto ao “rumo que se está a seguir”, que anseia, ” mude radicalmente o deu decurso, o mais rápido quanto possível”.

Mário Cláudio prossegue, agora analisando o país como algo “tão débil do ponto de vista da intervenção cultural, quer dentro das nossas fronteiras, quer pelo mundo”, traçando uma pessimista, mas muito pessoal previsão, “se não adoptarmos e não incrementarmos uma dinâmica diferente daquela a que estamos habituados, em todos os níveis da nossa sociedade, corremos o risco de, mais tarde ou mais cedo, soçobrar”.

Não esquecendo o Governo, e as competências que lhe incumbem nesta matéria, critica a situação vigente no Ministério da Cultura, observando, “a existência de uma área da cultura nesta governação, parece não corresponder a quase nada, apenas a um nome, sem qualquer tipo de conteúdo”.

Bernardo Sassetti vence primeira edição do “Prémio Carlos Paredes”

Esta sexta-feira, é entregue o “Prémio Carlos Paredes”, uma iniciativa da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, que contemplou na primeira edição do prémio, o disco “Nocturno” do pianista e compositor, Bernardo Sassetti.

O júri composto por João Gil, José Marinho Letria, Ruben de Carvalho e José Jorge Letria, distinguiu o pianista e compositor Bernardo Sassetti com o “Prémio Carlos Paredes”, numa iniciativa do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.
A cerimónia de entraga do préimo decorre esta sexta-feira e marca a entrega do primeiro “Prémio Carlos Paredes”, prémio este que se destina a distinguir o melhor disco de música instrumental não erudita e distribuído comercialmente no ano anterior. O prémio, com o valor de 2.500 euros, será atribuído nesta cerimónia, onde será efectuada uma evocação da música de compositor de “Verdes Anos”.

EzSpecial ao SEMANÁRIO

“Há dois anos ninguém queria saber de nós”
Ricardo Azevedo, conta a história da banda que fundou e da qual é vocalista.

Em apenas dois anos ergueram-se, das ingénuas emoções causadas nos pequenos palcos improvisados de Sta. Maria da Feira, passaram para as faixas, produzidas por Saul Davies e Quico Serrano, e caminham agora nas trilhas do top dos mais vendidos álbuns da música portuguesa. EaZy, ou nem por isso, mas com certeza Special.

Os coloridos ritmos da pop britânica extraídos directamente das décadas de oitenta e noventa, marcam o compasso e perfumam as sonoridades exibidas, influenciando cada uma das onze faixas do álbum “In n´out”, o primeiro deste agrupamento emergente no meio musical nacional.
Depois de alguns projectos anteriores bafejados “pela ausência de sucesso”, Ricardo Azevedo não deixa de assinalar que “os EzSpecial contam apenas dois anos de história… o nosso percurso?! Começámos a actuar em bares, mas não de forma mediática, pois há dois anos ninguém queria saber de nós” exclama.
“Daisy”, é o nome de baptismo do primeiro tema seleccionado para constar das playlists das emissoras de rádio, algo que concedeu substância à vontade de um dia alcançar notoriedade musical, “as rádios pegaram neste tema, as coisas começaram a acontecer, começámos a ter concertos em agenda, atraímos as atenções e o resultado palpável é o lançamento deste disco”.
O fundador dos EzSpecial alerta contudo, para as dificuldades que surgirão ao caminho de todos aqueles que também sofrem dessa insofismável paixão pela arte de criar sonoridades “trabalhámos muito, em casa e nos ensaios, demos imensos concertos. Não foi fácil chegar até aqui”.
No entanto a falta de apoios é motivo pelo qual não apresentam queixas, nomeadamente no que a ajudas da autarquia de Sta. Maria da Feira diz respeito, “a Câmara sempre nos ajudou na medida das suas possibilidades e estamos muito gratos por tal facto”, assevera.
O jovem vocalista acaba também por desvelar o principal motivo que o transporta à composição musical das suas letras num idioma que não o português, “sempre ouvi mais música inglesa, mas não tendo qualquer preconceito em relação à nossa língua, sinto-me mais livre quando canto aquilo que vem de dentro de mim, em Inglês”, acrescentando sentir-se “triste por saber que conceituados artistas nacionais têm o preconceito de pensar que a música feita por portugueses que a interpretam noutra língua não deve ser reconhecida”, concluindo, “tenho o direito de cantar como me apetecer”.
Descrevendo a sua pessoal visão referente à indústria musical lusa, Ricardo Azevedo classifica o mercado como ” um meio difícil, o que se confirma pelo facto de existirem poucos artistas nacionais que vendam muito”.
Concertos em agenda, “são alguns… temos aliás duas actuações previstas já para amanhã (Sábado, 29 de Março), em Palmela, e no Porto, onde participaremos na festa da rádio Nova Era, para além de estarmos propostos para o prémio de melhor banda estreia do ano”.

Dia Mundial da Voz reúne músicos no CCB

No próximo dia 11 de Abril, o grande auditório do Centro Cultural de Belém será palco para actuações de diversos músicos portugueses num concerto comemorativo do 1º Dia Mundial da Voz, iniciativa que pretende sensibilizar a população para os cuidados requeridos pela voz.

A Ala dos Namorados, Camané, Jorge Palma, João Pedro Pais, Lúcia Moniz, Luís Represas e Rui Veloso são os artistas escolhidos para participar no espectáculo musical que terá a duração de duas horas.

No concerto comemorativo do 1º Dia Mundial da Voz marcará também presença, o Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra.

A sessão inicia-se às 21h30, e o preço dos bilhetes varia entre os 7,50 e os 30 euros.

Mundialmente, esta será a primeira vez que se comemorará o dia da voz.