Depois de uma nova onda de bombardeamentos à capital iraquiana, Saddam foi dado como ferido, o que foi desmentido pelo Governo. No terreno, as tropas da coligação continuam a avançar, ainda que com alguma resistência e já com perda de vidas.
Depois da casa familiar de Saddam Hussein ter sido atingida num dos bombardeamentos cirúrgicos a Bagdad, o estado de saúde do Presidente iraquiano é desconhecido, tendo sido, inclusivamente, avançado que teria sido ferido e até perdido a vida.
Para provar o contrário, o Governo iraquiano deu, esta manhã, uma conferência de imprensa em que foi dito que Saddam está bem e mostrada uma gravação alegadamente de um conselho de ministros realizada hoje. A CIA diz que a análise à gravação revela que a voz é mesmo de Saddam, mas que a data em foi feita não é clara.
Também Tony Blair decidiu quebrar o silêncio quanto ao início do conflito. Em Bruxelas, após o conselho europeu, o primeiro-ministro britânico reiterou a sua determinação em destituir Saddam Hussein do poder e confirmou a queda de um helicóptero britânico e a subsequente perda da vida de oito homens. O Iraque afirma ter feito cair um caça norte-americano, mas o Pentágono nega a alegação, confirmando, no entanto, a morte de um soldado em combate, mas sem adiantar pormenores.
Entretanto, a partir do Kuwait, veículos blindados norte-americanos estão a caminho de Bagdad. Na frente sul, os marines encontraram resistência inesperada ao tentarem tomar o controlo de uma cidade portuária. Também perto de Nassiria, uma importante passagem do rio Eufrates, os americanos depararam-se com uma bolsa de resistência que lhes deteve a marcha. No Qatar, as tropas da coligação estão a ter dificuldades em avançar devido à fortíssima tempestade de areia que se faz sentir.
Em Washington, o Presidente George W. Bush reúne-se hoje com os líderes do congresso para informá-los sobre as primeiras 36 horas do conflito no Iraque.
No mundo árabe, as reacções à acção militar contra o regime de Saddam Hussein dão conta de uma enorme revolta. Num dia que é santo, as orações evocam a paz, mas os apelos dos líderes religiosos em muitos locais dirigem-se para a vingança contra os americanos. No Cairo, uma das grandes cidades árabes, os cidadãos demonstram a sua oposição à guerra pelo segundo dia, manifestando-se em massa nas ruas – uma iniciativa marcada também marcada para outras capitais árabes.