A França, a Alemanha e a Bélgica vetaram, esta manhã, qualquer tipo de apoio defensivo à Turquia no âmbito da NATO, receando provocar uma escalada no conflito contra o Iraque e minar os esforços diplomáticos em curso. A Turquia reagiu e convocou uma reunião de emergência para esta tarde com os embaixadores da NATO.
A França, a Alemanha e a Bélgica vetaram hoje qualquer tipo de acção defensiva aplicada no âmbito da NATO em território turco, receando uma escalada para a guerra contra o Iraque e a deterioração dos esforços diplomáticos. A decisão destes três países está a provocar uma crise sem precedentes na Aliança, criando-se um impasse quanto ao papel da organização militar numa futura intervenção militar contra o regime de Saddam Hussein.
Os três governos em questão recusaram-se a disponibilizar meios de vigilância (aviões AWACS), mísseis Patriot e material anti-NBQ, para a Turquia.
Perante a posição assumida por Paris, Berlim e Bruxelas, o Governo de Ancara, evocou o artigo 4º do Tratado e já pediu uma reunião de emergência da NATO para consultas com os restantes parceiros sobre uma eventual ajuda desta estrutura àquele país. A reunião com os embaixadores da NATO está marcada para esta tarde.
Os Estados Unidos consideram a decisão dos três países “vergonhosa” e “indesculpável”, e de acordo com o correspondente da BBC em Bruxelas, Stephen Sackur, a contenda entre os Estados Unidos, e aquilo a que o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, chamou de “antiga Europa” poderá minar a solidariedade na Aliança.