“O movimento que veio para ficar e para vencer”,
A irreparável perda de João Amaral veio despertar o movimento renovador contra a direcção do PCP. Para muitos dos comunistas ligados a este movimento, nem na hora da despedida, João Amaral foi tratado da melhor forma pelo Partido Comunista.
A mulher e irmã do deputado falecido já devolveram os seus cartões de militantes, pois consideram que o PCP não prestou nenhuma homenagem, nem apresentou qualquer condolência à família. A mulher de João Amaral chegou mesmo a acusar a direcção do partido de utilizar a morte do marido para mentir. Contactado pelo MILÉNIO SEMANÁRIO, Edgar Correia, um dos responsáveis pelo movimento de renovação do PCP, começou por dizer que “João Amaral não é substituível”.
Segundo este comunista, “a vida, obra e acção de João Amaral, para aqueles que acreditam e lutam pela mudança do partido, representaram um grande impulso”, salientou. Para Edgar Correia, “esta perda é irreparável mas, ao mesmo tempo, é um impulso que vem dar coragem e resistência para aqueles que lutam pela mudança no partido”, frisou.
Segundo este renovador, “todo o movimento de renovação vai continuar, o que João Amaral começou, todos nós, vamos continuar, a renovação comunista é um movimento que veio para ficar e para vencer”, assegurou. Edgar Correia sublinhou que “o caminho já esta traçado, existem etapas que estavam estabelecidas antes da morte de João Amaral, as quais vamos seguir à detalhadamente”, assegurou. Este renovador revelou que os defensores do movimento de renovação do partido vão apresentar um novo manifesto do movimento comunista para debate.
Para além deste manifesto, Edgar Correia adiantou ainda que “o encontro nacional está previsto para finais de Março, encontro esse que foi marcado ainda em vida de João Amaral, onde vamos concentrar todos os assuntos relativos ao movimento de renovação do partido. Pretendemos abrir novos caminhos”, concluiu.